Análise: A Game of Dwarves

Quando vi primeira vez o trailer de A Game of Dwarves achei o conceito bastante interessante fazendo-me lembrar uma versão moderna de Dungeon Keeper, com o treino de guerreiros e mineiros para extrair ouro. Era um novo jogo de estratégia nas mãos da Paradox, logo sabia que estava em boas mãos. A liberdade de A Game of Dwarves parecia ser um ponto a favor e se tudo o resto fosse minimamente decente sabia que seria um jogo para passar algumas boas horas.

Os anões eram uma raça nobre n antiguidade. Eles governaram as terras ancestrais juntamente com elfos e outras criaturas. Mas quando se aventuraram muito para norte, encontraram os magos, com os quais travara uma guerra juntamente com as outras raças, levando os elfos a fugir e os anões a recuar para uma ilha isolada que os magos não poderiam alcançar, ou assim a história conta.

Começam como o príncipe do reino dos anões, quando o seu pai o expulsa até que o jogador aprenda a criar um clã de anões que lhe agrade. O tutorial é direto e simples. Diggers escavam, Crafters criam mobílias e armadilhas, tudo é perfeitamente explicado durante o tutorial que vos irá guiar em tudo o que precisam de saber. Além de rapidamente ter percebido os básicos do jogo, facilmente A Game of Dwarves nos prende no seu mundo, tendo até perdido a noção das horas.

Costumo começar por escavar todo o ouro visível para que consegui-se construir tudo o que é necessário no inicio para sobreviver. Embora eu tentasse explorar todos os aspectos do jogo, o meu estilo de jogo definitivamente fez com que deixa-se alguns aspectos do jogo praticamente de fora. Armadilhas e portas, por exemplo,  que muitos pensariam que mantêm um clã de anões forte, foram substituídos por uma força militar privada quase invencível. Da mesma forma decorações que mantêm sua população feliz eram muito caros sem ter nenhum ganho aparente. Preferi assim comprar o material de treino para as minhas forças militares.

É fundamental que optem por se fortalecerem militarmente, porque cada anão pode subir de nível nas suas respectivas classes. Os Diggers vão escavar mais rápido quando estão num nível superior, também os guerreiros podem defender e atacar com maior sucesso adversários mais fortes. A frustração de mineração numa câmara desconhecida num subterrâneo profundo, apenas para encontrar um monte de criaturas mais fortes que os nossos guerreiros é bastante insuportável. Nenhuma outra unidade além dos guerreiros pode lutar, mas felizmente, um anão do mesmo nível que o  monstro normalmente resulta na vitória do anão.

Prosseguindo através dos níveis é relativamente minimamente interessante, embora alguns dos níveis mais avançados possam ser complicados. É um pouco um jogo de mente quando tentamos cavar só para encontrar rocha sólida que os anões não podem escavar.  A Game of Dwarves não é propriamente fácil, os recursos são escassos, e no início de cada nível é bastante lento, sendo necessário gerir cuidadosamente os recursos para garantir o sucesso.

Este ritmo de jogo é definitivamente o grande problema de A Game of Dwarves. Os jogos têm tendencia a serem mais rápidos hoje em dia e pessoalmente acho que tem sido uma mudança para melhor. Gastar muito dinheiro no início sobre coisas triviais como camas para dormir e uma mesa de pesquisa faz com que possam não ter o suficiente  para financiar o cultivo de alimentos. Várias vezes os meus anões morreram de fome antes de eu perceber o que tinha acontecido. É preciso colocar as mesas de forma pensada uma vez que caso as mesas estejam demasiado longes os anões simplesmente preferem morrer de fome, o que é uma grave falha de IA.

No geral, passei um bom bocado com A Game of Dwarves, e apesar de não me ver a voltar a A Game of Dwarves, por apenas 10€,é um jogo que vale totalmente a pena comprar.

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