Análise: Chronovolt

Como parte da oferta PlayStation Plus para o PlayStation Vita, que acabou de estrear à relativamente pouco tempo, Chronovolt recebeu muita cobertura no pré-lançamento. Depois do primeiro trailer nunca mais me saiu da cabeça que Chronovolt é uma evolução de Kula Word, um clássico super raro da primeira PlayStation que me fez perder horas. Infelizmente, Chronovolt exibe uma imensidão de problemas, que o tornam difícil de recomendar mesmo para quem tem PlayStation Plus e o pode descarregar gratuitamente.

Jogando como uma heroína genérica chamado Jessica, controlam bolas de metal chamadas Chronospheres, com a tarefa de pôr fim à corrupção de um cientista louco. Para fazer isso, você precisam de reunir energia chamada de  Chronovolt, navegar em níveis de curta duração num certo tempo, e evitar os inimigos que vão tentar bloquear o vosso progresso. Pelo menos isso Chronovolt faz bem, oferecendo pequenas partidas para curtas sessões de jogo, ideais para consolas portáteis.

A estória serve apenas para dar algum plano de fundo a Chronovolt e não tem qualquer interesse, no entanto os criadores estavam tão orgulhosos que decidiram interromper-nos o progresso constantemente com diálogos. É pena que depois de uma introdução bastante bem conseguida que faz lembrar LittleBigPlanet e que antecipa aventura agradável o resultado seja este. Enquanto os gráficos simples servem o seu propósito, o movimento da esfera é impreciso, a framerate é inconsistente, e os níveis denotam muita falta de polimento. O título é também recheado de bugs e glitches que comprometem seriamente a experiência de jogo, com níveis que simplesmente não acabam mesmo que tenham feito correcto, sendo necessário dar um restar ao nível.

Se isso não fosse mau o suficiente, o jogo não é assim tão divertido de jogar que nos faça esquecer estes problemas. A física perdoa constantemente os nossos erros, permitindo-nos passar obstáculos que não deveriam ser atravessados e sempre que utiliza as funcionalidades da Vita o jogo torna-se simplesmente demasiado fácil para ser divertido. Como se isto não fosse suficiente à ainda questões de escolha de esquema de controlos que são no mínimo bizarras como por exemplo utilizar controlos diferentes para mexer a câmara verticalmente e horizontalmente.

Mas ainda há pior. O jogo opta por micro-transacções para talvez compensar o baixo custo e a verdade é que sem estas é bastante mais difícil. Baseando-se sempre em acabar o nível num determinado tempo  há itens que podem ser adquiridos por dinheiro real que nos dão bastantes benefícios e que tornam o jogo bastante mais acessível e menos frustrante.Podem passar todos os níveis sem gastar dinheiro mas sinceramente não sei se deviam dar ao trabalho.

Chronovolt é um título recheado de problemas e bastante insatisfatório, que é difícil de recomendar. Podem tirar alguma diversão dele aqui e ali mas mesmo que o acabem e completem tudo o que este oferece duvido que daqui a um mês se recordem sequer do nome dele.

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