Análise: Kinect Star Wars

Quando Kinect Star Wars foi apresentado foi dos títulos para o Kinect que mais curiosidade despertou em todos nós. Amantes ou não da série a verdade é que a fantasia de controlar a “força” e um sabre de luz, alguma vez na nossa vida nos despertou curiosidade. Não é por acaso que quando um hacker põe as mãos em tecnologias parecidas a primeira aplicação que faz é normalmente uma que possibilite controlar um sabre de luz. Apesar de os jogos mais recentes de Star Wars não terem sido os melhores, excluindo os Bioware, sempre que um novo Star Wars é anunciado todos ficamos um pouco na expectativa de algo grandioso. Utilizando o controle por movimentos Kinect, Kinect Star Wars prometia colocar-nos o mais perto de sermos um Jedi do que alguma vez estive-mos. O Kinect até agora não tem mostrado argumentos suficientes para se tornar um substituto à altura de um comando tradicional e raramente consegue fazer algo que um comando não fizesse. Será Star Wars o derradeiro jogo Kinect?

Se é o derradeiro jogo Kinect é difícil dizer, uma vez que Kinect Star Wars não é perfeito, não é um 10/10 mas também não é um mau jogo e consegue ser bem mais completo que maior parte dos jogos para o Kinect que nada mais são que uma colecção de mini-jogos. Nota-se que houve trabalho em todos os modos de jogos para os tornar únicos e completos. Antes de começarem a jogar convém encontrarem um amigo que jogue convosco porque é bastante mais divertido dessa forma. Há cinco modos de jogo Dark Side Rising, Rancor Rampage, Podracing, Galactic Dance-off e Duels of Fate.

Dark Side Rising é uma campanha fiel ao universo de Star Wars que se passa algures entre o Episódio I “A Ameaça Fantasma” e o Episódio II “A Guerra dos Clones” em que a influência do lado negro da força aumentou em toda a galáxia e a Ordem Jedi cria postos avançados de treino para criar uma nova geração de Padawan por toda a galáxia. A história está bem contada em boas cutscenes pelo que não irei entrar em mais detalhes. É neste modo que aprenderão a usar todos os truques dos Jedi, usando o sabre com uma mão e controlando a força com a outra enquanto vão dizimando centenas de droids num sistema “on-rails”. Podem ainda mandar pontapés para perturbar os inimigos enquanto os atacam. Para se movimentarem podem inclinar-se para a frente o que se traduz num “dash”. Por vezes são necessárias outras acções como saltar ou usar as duas mão para controlar as armas de uma nave.

Toda a campanha está bem construída e juntamente com um amigo terão algumas horas de diversão, no entanto não foge a um pormenor que me impede de gostar mais do próprio Kinect. Quando se usa um comando temos apenas algumas teclas disponíveis e sabemos que podemos fazer aquilo que estas teclas permitirem. Quando usamos um Kinect apesar de nos ensinarem os movimentos que devemos fazer para cada acção, a verdade é que temos todo o corpo disponível e não há um limite físico às nossas acções. Logo por vezes sentimo-nos um pouco frustrados e limitados pelo Kinect e acabamos por fazer muitos movimentos que nunca irão ser reconhecidos e outras vezes não conseguimos fazer aquilo que queremos ou acabamos por fazer algo que não queríamos.

Esta é a principal falha de Kinect Star Wars na minha opinião. Os gráficos dos cenários estão bem detalhados e grande parte das personagens também estão bastante bem, no entanto outras poderiam estar melhor. Os Padawan que controla-mos por exemplo não estão minimamente ao nível do resto.

Rancor Rampage tem como objectivo principal a destruição. Neste modo estamos agora no papel de um Rancor um monstro gigante que dizima tudo à sua volta. Temos quatro Rancors diferentes para controlar cada um com habilidades diferentes e vários locais para destruir. É bastante intuitivo e proporciona alguns momentos de diversão, apesar de rapidamente se tornar repetitivo.

Podracing permite-nos tentar ser campeão do desporto mais perigoso e mortal da galáxia. Temos seis corridas diferentes em cinco planetas. Podemos desbloquear pilotos e naves adicionais à medida que avançamos. É dos modos mais divertidos e os controlos funcionam bastante bem neste modo chegando ao ponto de me terem surpreendido pela positiva. Além de controlar a nave há ainda alguns “truques” nos ajudam a ganhar a corrida como colocando os dois braços para o mesmo lado podemos bater contra a naves que estão a tentar ultrapassar-nos. É ainda possível reparar a nave ou lançar um droid que tenta destruir os adversários.

Galactic Dance-off é o responsável pelo desagrado de alguns fãs de Star Wars. Como o titulo sugere é um modo de dança e alguns fãs não gostaram de ver personagens como o imperador a tentar derrotar-nos a dançar. Muitos jogadores não gostam propriamente de se levantar do sofá e este modo é aquele que obriga a maior esforço, no entanto funciona relativamente bem em termos de controlos. As musicas são versões alteradas de musicas conhecidas para se adaptarem ao universo Star Wars.

Duels of Fate baseia-se nos duelos que estão presentes na campanha Dark Side Rising e permite combater em duelo com várias personagens incluindo e temível Darth Vader.

Ao longo de todo o jogo penso que se fica com a opinião que Kinect Star Wars foge um pouco à atmosfera dos filmes, aproximando-se mais à da série televisiva, agradando mais a um publico jovem que pode jogar com um amigo em ambiente familiar. Quando assim é ,apesar de podermos encontrar várias falhas em termos de jogabilidade e até em partes do grafismo não podemos negar que consegue ser divertido e Star Wars é uma grande licença que gostamos sempre de ver. Talvez incluir um modo de dança não tenha sido a melhor decisão de sempre e a jogabilidade global não é a melhor possível. Kinect Star Wars não é perfeito mas é bastante divertido e não se irão arrepender. Dark Side Rising e Podracing foram os modos que achei mais divertidos ,no entanto há modos para todos os gostos e o modo de dança pode agradar a alguns enquanto outros o irão detestar.

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