Se The Unfinished Swan já nos tinha impressionado quando fizemos a antevisão então agora conseguiu bem mais do que isso. É um conto de fadas que apesar da curta longevidade nos prende do inicio ao fim, oferecendo-nos mecânicas diferentes ao longo da estória, o que juntamente a pequenas diferenças a nível de design tornam The Unifinished Swan rico em diversidade.
Cada capitulo é caracterizado por uma mecânica diferente, sendo o primeiro aquele que mais impressiona visualmente. No primeiro capitulo irão disparar bolas de tinta preta que irão usar para se orientarem nos níveis brancos e conhecerem tudo o que vos rodeia. Recorrendo ao comando Move para tudo desde disparar tinta a andar irão conhecendo o mundo de The Unfinished Swan, um mundo criado por um rei que o criou todo branco e que a personagem principal encontra ao seguir um cisne. A mãe da personagem principal tinha por hábito começar a pintar quadros que nunca acabava e depois da sua morte o filho pode apenas guardar um, o quadro do cisne. Quando o cisne foge do quadro temos que o seguir para este mundo todo branco e é assim que a aventura começa.
O segundo capitulo utiliza a água como elemento principal e além de ter a mesma utilidade da tinta negra, apesar de ter o inconveniente de revelar o ambiente apenas temporariamente, é também utilizada para espalhar ervas pelo cenário que podem ser depois usadas para trepar ou passar pontes destruídas.
O terceiro capitulo é o mais escuro de todos, com o jogo a assumir um ambiente mais sombrio aproximando-se aquilo que os criadores tinham pensado inicialmente. É o único capitulo onde podem morrer sem ser por cair na água, sendo necessário manterem-se nas zonas iluminadas, havendo aranhas que nos atacam nas zonas escuras. O ultimo capitulo acaba por funcionar apenas como uma forma inteligente de acabar o jogo e mostrar os créditos.
Apesar da simplicidade The Unfinished Swan é uma verdadeira obra de arte, a prova de como se consegue criar algo tão diferente aproveitando apenas um simples conceito do qual ainda ninguém se tinha lembrado. A forma de como umas pequenas manchas de tinta dão a noção de espaço de que tanto precisamos para nos orientarmos é incrivelmente divertida. Uma mancha que acaba abruptamente é tão facilmente reconhecida como a esquina de uma parede por exemplo que é um exemplo perfeito da forma brilhante de como o nosso cérebro funciona.
Aquilo que no inicio é apenas branco, à medida que avançamos transforma-se num mundo de formas que conseguimos reconhecer.A visão que temos quando olhamos para trás é completamente diferente daquela que temos quando olhamos para a zona por conhecer, como se fosse um “fog of war” na primeira pessoa.
A estória estilo conto de fadas de Monroe é simplesmente encantadora e funciona de forma brilhante com o design de The Unfished Swan, criando um mundo mágico diferente de tudo o que joguei até hoje. Muitos podem não gostar da ideia de um jogo em que a exploração é a unica necessidade ou o facto de ser um jogo para o Move, no entanto se gostaram de Journey então The Unfinished Swan é a nova experiencia que irão discutir e lembrar com os vossos amigos jogadores daqui a uns anos.
São três horas de jogo divididas em três capítulos que irão recordar bastantes vezes, é um daqueles jogos que fica na memoria pela sua originalidade. Sem duvida um dos melhores jogos PSN e mais um prova da qualidade dos estúdios internos da Sony.