Análise: All Points Bulletin Reloaded

Poucos jogos  podem ter segundas chances como APB, mas, até mesmo menos jogos começam com uma premissa tão promissora. Mas como um a premissa acabou neste resultado final é algo difícil de perceber. A ideia base de APB quando foi apresentado era a de uma espécie de GTA em formato MMO em que a evolução da personagem se baseia nos reflexos e qualidade do jogador e não em mecânicas mais tradicionais. O mundo dos jogos coletivos tem vindo a aumentar e a ideia de um MMO com semelhanças com GTA era realmente excelente e todos nós temos estado à espera praticamente desde de GTA III. Infelizmente o desenvolvimento de APB correu mal e depois de rios de dinheiro gastos e má recessão por parte da critica a Realtime Worlds foi à falência.

Agora largos meses depois do lançado quando um grupo chamado GamersFirst decidiu exumar o cadáver do jogo (como “APB Reloaded”) na esperança de que um pouco de cirurgia “freemium” possa ser o suficiente para finalmente transformar isso em algo que as pessoas gostariam. Eles realmente estão a ter sucesso na resolução de alguns dos problemas mais gritantes do jogo, e até mesmo adicionar algumas novas funcionalidades e muito recursos necessários.

Primeiro a condução é realmente agradável agora. Originalmente, o jogo começava com um carro novato que se comportava como um camião carregado e com pneus cheios de óleo, supostamente com o intuito de incentivar os jogadores a adquirir melhores veículos com o decorrer do jogo, mas acabando por fazer os jogadores odiar a condução e afastarem-se de APB.

A GamersFirst melhorou a física um pouco e agora o jogador começa com um carro de partida que na verdade é controlável  Não é o suficiente para remover a motivação para adquirir um upgrade, mas o ponto de partida é agora suportável. Eles também melhoraram a progressão do personagem, melhorando a complicação original, dando pelo menos algumas dicas ao jogador sobre o que deveria estar realmente a fazer.  Os tiroteios estão também muito melhor, com maior diferença real entre os tipos de armas diferentes, um recuo bem equilibrado para limitar a viabilidade de apenas pulverização de tiro automático em um alvo, e maior dano geral.

Foi também adicionada a opção Deathmatch Fight Club para os jogadores que só querem andar ao tiro uns com os outros o possam fazer sem grandes complicações. Finalmente, a GamersFirst tentou manter cheaters fora do jogo,tentou pelo menos, pois eles continuam lá mas em menor numero. APB tem sido um paraíso para hackers até agora, e enquanto continua a ser ainda um pouco de um problema, não o é como era antes.

Ah, e o jogo é gratuito agora. Melhor ainda, eles conseguiram evitar transformar free-to-play em “pagar para ganhar”, como tantos outros. Sim, a compra de uma melhor arma diretamente  da loja é sempre mais fácil mas não vai virar um jogador mau em um bom. Este ainda é um jogo principalmente baseado habilidade.

Nenhum dos quais, infelizmente, muda o fato de que a APB não é muito divertido. Enquanto a GamersFirst tem feito mais do que qualquer um poderia ter pedido com o que tinham, nada pode fazer muito para mudar o fato de que APB é apenas um jogo de ação bastante fraco. O modo principal do jogo depende simplesmente de quem lá chega primeiro e de acampamentos com linha de visão para o objectivo.

O melhor de APB continua a ser o editor das personagens, acabando por ser pouco mais do que um Second Life com um modo FPS, uma vez que irão ver que maior parte dos jogadores passa mais tempo nas zonas sociais do que propriamente a andar ao tiro. Apesar do grande numero de inovações a verdade é que quando se entra pela primeira vez em APB Reloaded ainda fica a questão, “mais que raio é suposto eu fazer?”. Só passados alguns largos minutos é possivel perceber o que fazer em APB e por muito que a Gamersfirst tente isso não vai mudar. Sem ovos não se consegue fazer uma omelete e a Gamersfirst não consegue fazer de APB um bom jogo por muito que se esforce.

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