Análise: PlayStation All-Stars Battle Royale

Assim que abri PlayStation All-Stars pela primeira vez assustei-me por um momento, com uns menus feios como já não via à muito tempo parecia ter-me enganado no jogo, mas lá carreguei em jogar apesar de os menus não me motivarem para o fazer. Escolhi o Nathan Drake porque basicamente adoro Uncharted, apesar de adorar outras personagens também, especialmente Sir Daniel Fortesque que me deixou cheio de saudades e com vontade de ver a Sony a anunciar um novo MediEvil para breve.Depois de uma curta cutscene realmente comecei a jogar e esqueci completamente os menus horríveis e a cutscene aborrecida para ficar colado naquilo que realmente interessa aqui, o gameplay.

Rapidamente vão encontrar semelhanças com Super Smash Bros e mesmo que queiram defender a Sony não podem negar que este é basicamente o mesmo jogo com o tratamento PlayStation. Apesar de na sua essência ser o mesmo jogo há muitas diferenças. São aliás diferenças suficientes para que PlayStation All-Stars possua a sua própria personalidade e não deixa qualquer sensação de ser uma cópia do jogo da Nintendo. A vitória por exemplo é conseguida ao executar ataques especiais, não existindo qualquer barra de vida, ao contrário do jogo da Nintendo.

Não há como esconder que um dos objectivos principais aqui é mexer com os nossos sentimentos de nostalgia. Personagens como Sir Daniel Fortesque e PaRappa marcaram a infância de muitos e o facto de não terem tido muita visibilidade depois disso aumenta ainda mais este sentimento. All-Stars é como um tributo ao legado PlayStation em que se destacam as personagens que marcaram as gerações passadas, PSOne e PS2, apesar de estarem presentes personagens muito actuais como Nathan Drake de Uncharted ou Emmett Graves de Starhawk. Pessoalmente acho que há outras personagens com mais carisma para marcar presença do que Emmett Graves por exemplo e dizer que estão presentes 20 personagens é um pouco mentira, uma vez que Cole MacGrath de inFamous está presente nas formas boa e má, o que é uma decisão que não percebi sinceramente.

Em termos de gameplay todas as personagens estão relativamente bem equilibradas e cada uma delas joga-se de forma diferente – excepto Cole obviamente – sendo a jogabilidade de cada uma perto do que estariam à espera nos seus respectivos jogos, apesar de serem notórias as mudanças para que o jogo funcione e seja equilibrado.

Tenho a certeza que muito mais personagens serão adicionadas como DLC e personagens não faltam em toda a história da Sony. Se as personagens são um ponto forte, os cenários não ficam atrás. Irão reconhecer cenários dos grandes jogos que passaram pelas consolas e até de níveis específicos desses jogos, com alguns bosses a marcar presença em background e que até atacam todas as personagens em campo, aumentando o perigo e o já enormes caos que marca os combates. A quantidade de animação dos cenários é incrível e dei por mim com mais atenção ao que se passa por trás do que no combate por vezes e quando realmente jogaram o jogo a que este se refere não podem deixar de recordar os momentos que passaram com o jogo.

 A jogabilidade é bastante simples, com combinações simples entre os botões do lado direito e uma direcção. Os ataques que inflijam dano aumentam a barra que permite activar os ataques especiais. Estes têm três níveis possíveis dependendo de quanto deixámos encher a barra, sendo obviamente o terceiro nível o mais eficaz. No final de cada combate ganha o jogador que conseguir um maior numero de mortes. Os combates podem ter até quatro participantes, sendo estes os mais caóticos mas também os mais divertidos e desafiantes.

O bloqueio tem o seu próprio botão em PlayStation All-Stars Battle Royale, e podem escapar para fora do perigo rolando, pressionando uma tecla direccional enquanto bloqueiam. Certos jogos introduzem armas, que são colocadas no cenário e podem ser equipada por qualquer jogador. Estas são também retiradas do catálogo da Sony. Fora das arenas, o jogo é recheado de extras. Cada personagem tem três roupas desbloqueáveis e várias musicas de música vitória.  O cuidado e atenção aos detalhes a este respeito é enorme e nós agradecemos.

PlayStation All-Stars é um dos jogos mais divertidos dos últimos tempos o que não é propriamente surpresa, uma vez que esta formula está mais do que testada e comprovada pelo sucesso da Nintendo. As personagens que marcaram a nossa infância estão presentes e deixam um sentimento de nostalgia que juntamente com os fantásticos palcos de batalha nos recordam-nos das horas que passamos nos respectivos jogos dessas personagens. Se tivesse que apontar o principal defeito tenho que realçar os menus e créditos horríveis, parece realmente um trabalho amador que não combina com a sua qualidade. Um erro difícil de esquecer da minha parte.

Outro aspecto que não gostei pessoalmente é o facto de como apenas algumas personagens são dobradas, torna-se um pouco esquisito ouvir personagens a falar em duas línguas diferentes no ecrã. Mas estes são pequenos defeitos que não estragam o principal e o que realmente interessa que é o combate em si. Se comprarem a versão PS3 ainda recebem a versão Vita gratuitamente, portanto se sempre acompanharam a Sony não podem perder PlayStation All-Stars Battle Royale.

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