Análise: Geronimo Stilton The Return to the Kingdom of Fantasy

Se forem como eu nunca ouviram falar de Geronimo Stilton, mas depois de uma pequena pesquisa descobri que além de ser uma série de livros infantis de sucesso é também um sucesso na televisão. Talvez se tivesse um irmão mais novo ou filho soubesse quem é Geronimo Stilton mas como não tenho nenhum dos dois não fazia ideia.

A história continua depois dos acontecimentos de The Kingdom of Fantasy, onde Stilton depois de ouvir um estrondo dirige-se para o  sótão e encontra uma caixa a brilhar. Uma escada de ouro materializa atrás da caixa e  Stilton entra num mundo mágico, onde a aventura do primeiro jogo acontece, com o jogador a ter o objectivo de encontrar o segredo da felicidade.

 Sendo um título que está destinado a um público mais jovem, Stilton tem um método muito mais emotivo e energético de apresentação do que a maioria dos títulos, o que é importante quando se lida com crianças que muitas vezes têm períodos curtos de atenção. A paleta de cores é brilhante e saturada, mas varia muito com base nas diferentes áreas que o jogador visita em toda a aventura. É uma opção de design que resulta neste tipo de jogos, dando uma ideia de progresso e que é desvalorizada nos jogos “Triple A” e substituída por barras de xp ou algo do género.

A animação durante as cutscenes imita o de um livro – o que funciona bastante bem, até porque Geronimo Stilton tem a sua origem na literatura -, onde seus personagens parecem um pouco separadas do fundo, numa pouco forma natural, mas cómica. Esta é também uma forma de gastar pouco com cutscenes e depois de ver a qualidade das cutscenes da série Professor Layton é difícil ver este tipo de cenas e achar-lhes piada.

Geronimo Stilton no Reino da Fantasia é um quebra-cabeça e jogo de estratégia. De muitas formas, é a resposta da Sony à série Professor Layton. Há uma grande variedade de desafios para os jogadores para enfrentarem enigmas que vão desde  quebra-cabeças iterativos e incentivar os jogadores a pensar fora da caixa para resolver a maioria deles. Alguns desafios ainda me deram algum trabalho, mas nada que fosse capaz de me impedir o progresso, no entanto fico com a duvida que um jogador dentro do publico alvo tenha a mesma facilidade.

É importante para jogadores jovens serem incentivados quando cumprem o seu objectivo, mas também é importante não os castigar quando isso não acontece e Geronimo Stilton faz isso, castigando o jogador sempre que falha consecutivamente. Pessoalmente esta mecânica funciona mal até em jogos feitos para serem dificeis como Dark Souls e num jogo infantil é de evitar. A banda sonora de Geronimo Stilton é de fantasia com temas da natureza que se adaptam perfeitamente este título. Grandes orquestrações MIDI ajudam a criar o Reino da Fantasia e a fornecer a cada mundo a sua própria presença atmosférica.

Geronimo Stilton no Reino da Fantasia é um bom título para crianças que gostam de resolver quebra-cabeças. É brilhante, colorido e desafiador. Se forem pais, vão sem dúvida precisar de ajudar os vossos filhos a resolver alguns dos puzzles mais difíceis. Se tiverem mais de 14 anos mas gostarem deste tipo de jogos poupem uns trocos e joguem a série Professor Layton, é bem melhor.

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