Análise Pid

Os melhores jogos indie dos últimos anos – como Limbo e Super Meat Boy – foram marcados por castigar qualquer erro. Levar apenas um hit é game over. Estes foram também infinitamente criativos, constantemente testando jogadores com novos ângulos sobre os desafios anteriores e surpresas na jogabilidade. Agora Pid, procura reproduzir essa fórmula vencedora que deixa o destino do mundo nos ombros de um jovem rapaz.

Tudo o que Kurt quer fazer é ir para casa. Quando o autocarro o leva para um planeta remoto por acidente, ele descobre que a viagem de volta vai demorar um pouco mais ,pois as viagem neste planeta foram canceladas. Começam por explorar o ambiente e acabam por se envolverem num conflito que diz respeito ao bem-estar do planeta e dos seus habitantes robots, que são impotentes para todo o mal que acontece ao seu redor.

A vida no planeta pode ser trágica, mas as imagens e sons são maravilhosos. O jogo começa com uma série de ilustrações sem palavras , o que dá à história o seu contexto e humor. Viajamos com Kurt para várias localizações como um antigo castelo, uma casa de ópera,  uma caverna misteriosa ou um labirinto subterrâneo. As cores são lindas, especialmente em áreas ao ar livre. Este efeito dá a Pid uma sensação de espanto infantil. Ajuda a enfatizar quão corajoso um menino pequeno pode ser a assumir uma missão tão grande. Kurt tem espírito incrível, e sua determinação de encontrar o caminho de casa traz esperança e ajuda a pessoas desesperadas.

A sua aventura desenrola-se ao ritmo de uma banda sonora excelente, que parece reinventar-se de cada vez que Kurt descobre uma nova região do planeta. Bateria, baixo, guitarra, saxofone unem-se de uma forma descontraída e energética – não é intrusiva, mas é tão difícil de ignorar como as constantes mudanças, ambientes deslumbrantes.

Pid é desafiante mesmo em normal, a única dificuldade disponível no início. Felizmente, o jogo permite que possam jogar com um amigo, uma maneira preferível de jogar qualquer jogo de plataformas deste calibre. E este tem muitos desafios e conteúdo. Os enigmas exigem o uso do inventário que vai crescendo com armas e itens.

Enquanto PID pode ser divertido às vezes,devem estar preparados usar muita de vossa paciência e tolerância e aguentar alguma frustração. Os puzzles podem ser difíceis mas os bosses são ainda mais. Vão enfrentar seis deles, e cada um é mais difícil que o anterior. Podem passar a maior parte do tempo durante estas lutas apenas a sobreviver e só arranhar a saúde do boss antes de morrer. As mecânicas são imprecisas e podem ficar presos em sem razão aparente. As chances de morrer são grandes, e as de sucesso bastante magras.

Não seria tanto um problema se o jogo nos enche-se a vida no início de uma luta, mas muitas vezes temos pouca ou nenhuma protecção quando chegamos ao boss. Podem comprar coletes em máquinas de venda automática, mas é fácil perdê-los quando levamos dano. Considerando a duração dessas batalhas, um pouco de saúde extra poderia-nos ajudar a evitar percorrer um longo caminho.

Um bom punhado de cenas poderiam ter sido cortadas, e é aqui que os jogadores vão notar a repetição. Além disso, enquanto PID tem um sistema de checkpoints forte, pode, por exemplo, recarregar o jogo numa cena anterior ou colocar o jogador num ponto que já passaram à bastante tempo.

Pid é tão atmosférico como Fez e tão extenuante quanto Braid, mas são os pequenos detalhes de sua execução que o afastam da perfeição. Um modo fácil seria um benefício enorme para evitar repetir as longas e por vezes aborrecidas lutas contra os bosses e a Might & Delight depois de analisar algumas análises tomou a decisão de o lançar, o que veio melhorar bastante o jogo. Mas é um puzzle platformer de qualidade, e uma com a narrativa excelente, gráficos e música. A maioria dos erros não prejudicam estes aspectos. Não será um clássico como Braid ou Limbo, mas será relembrado por quem o jogar.

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