Análise: Sine Mora

Se não gostam de ler muito podem ficar por esta frase, Sine Mora é fantástico. Os shooters side-scroll já passaram de moda à alguns anos, mas graças ao mesmo movimento indie que voltou a tornar populares os jogos de plataformas 2D trás-nos Sine Mora, um jogo que tem o que é preciso para tornar o género popular novamente. Tão proeminente nas eras 8-bit e 16-bit, começou a perder popularidade com a evolução dos jogos 3D. Pessoalmente não consigo ver razões para não gostar de Sine Mora, o grafismo é colorido e apelativo, a jogabilidade fluída e viciante e tudo isto é reforçado por uma narrativa madura com personagens de língua húngara, uma banda sonora original, do famoso compositor de Silent Hill Akira Yamaoka.

A complexa narrativa que envolve sequestro, viagem no tempo, e até genocídio, a história adiciona o carácter do jogo. Assim que despacharem a campanha na dificuldade normal, o valor do jogo é reforçado com um final alternativo oferecido como uma recompensa por completar as configurações mais difíceis da dificuldade.

Os gráficos são de tirar o fôlego de forma consistente ao longo dos sete níveis que têm ambientes muito variados de terra, ar e mar cheios de detalhe em alta definição, intercaladas com breves cenas da história. A animação é de grande qualidade e combina com a sedutora perspectiva  2.5D do jogo, a câmara gira  regularmente durante todos os níveis, o que destaca o motor robusto do título. Enquanto isso, naves inimigas entram no ecrã, surgindo por vezes no fundo, antes de passarem precipitadamente para a frente para reforçar o efeito de camadas.

As nossas naves são ágeis, mas poderosas, a arma principal, expansível até nível 9, sendo um verdadeiro espectáculo na capacidade máxima, mas consegue ser perfeitamente utilizável, caso percam todos os power-ups. A detecção de colisão é também satisfatoriamente exata, o que significa que o jogo nunca é injusto.
Em outros lugares, o áudio é adequadamente imaginativo, acrescentando mais uma dimensão à natureza sobrenatural do universo.

A duração do jogo em geral é estendida pelos pilotos adicionais e naves seleccionáveis ​​no modo arcade, o final alternativo referido, e alcançar altas pontuações nas tabelas de classificação. Além disso, há um pouco de arte conceptual exclusiva para desbloquear do renomeado artista anime Mahido Maede de The Animatrix.

Um aspecto que é um pouco decepcionante para quem se lembra dos jogos clássicos  é o fato de que o jogo não ser particularmente difícil na dificuldade normal. Os níveis são bastante curtos – com poucos minutos de duração- e os bosses são facilmente derrotados. A versão Vita deve aproveitar bastante este aspecto, com estes níveis mais curtos a serem ideais para a consola. É sem duvida um jogo que relembra o passado, um verdadeiro tributo a tudo o que veio antes.

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