Análise: Bleach: Soul Resurreccion

A primeira coisa que alguém vai notar sobre Soul Resurreccion é o estilo gráfico distinto. Sinceramente é do grafismo mais semelhante a anime que já vi. Cada movimento tem seu próprio visual distinto e permanece fiel à forma como ele funciona no anime. Isso significa que a acção é interrompida por movimentos especiais para mostrar cenas curtas. Apesar de cada personagem e inimigo ter sido cuidadosamente recriados, os cenários deixam muito a desejar. O modo de história tem 14 missões mas apenas três fundos distintos. Apesar de acção nos manter ocupados 90% do tempo a verdade é que é um pouco desmotivante estar sempre a ver o mesmo cenário. É aí que a falta de alma entra em jogo, porque pode literalmente atravessar a correr um nível inteiro, passar as peças obrigatórias  e fazer um sprint até ao boss do nível.

Se já jogaram algum dos jogos Dynasty Warriors podem adivinhar que grande parte do jogo é passada no combate contra grandes números de inimigos. A campanha é de aproximadamente uma hora e meia a duas horas de duração, mas o modo de missão é onde vão gastar a maior parte do tempo. Cada personagem tem sua própria grade enorme para subir de nível com pontos de alma que são acumulados nas batalhas. Mesmo que pareça que não há muito no jogo, há muito para manter os jogadores envolvidos. Existem apenas três dificuldades e vão ter que jogar em cada dificuldade, se pretendem a platina. Embora a campanha seja curta e exija que joguem como personagens específicos, o modo de missão é uma espécie de jogo livre. Algumas das missões têm os seus próprios desafios e há alguns picos de dificuldade na campanha. Este é um daqueles jogos que cada pessoa consegue tirar partido de diferentes partes do jogo. Se só querem jogar tudo de uma vez e desbloquear os personagens, então facilmente têm apenas dois ou três dias de jogo aqui, mas se quiserem platinas e subir de nível todos os personagens podem jogar Soul Resurreccion durante meses.

O combate  é realmente simples. O quadrado é um ataque regular, triângulo desencadeia ataques especiais que drenam o indicador na parte superior, e do círculo activa o modo ignição de cada personagem . Para os fãs do anime, este é o lugar onde Kenpachi tira o tapa-olho ou Uryu tira algo de seu cinto de utilidades. Podem usar super ataques, que geralmente podem derrubar qualquer inimigo e derrubar uma parte significativa da saúde de um boss. Na dificuldade normal  o bloqueio nem é realmente necessário mas o flash é vital. Em dificuldades mais altas é melhor aprenderem a bloquear. Também podem usar Shunpo  que é vital para personagens lentos, em especial Aizen que não anda, arrasta-se pelo ecrã. Cada personagem é diferente, mas mais eram bem vindas. Muitos personagens não têm sequer linhas na campanha e são relegados a ter os seus retratos.

Co-op seria bastante bem vindo, aliás os modos online bastante limitados. O único componente on-line em todo o jogo é o modo Soul Attack que é basicamente um ranking. Talvez eu não seja uma pessoa competitiva, mas a verdade é que não ligo nenhuma a este tipo de rankings, especialmente neste tipo de jogos. É uma omissão flagrante, especialmente no actual standard da industria onde parece que todos os jogos têm que ter componentes online. Subir de nível as varias personagens não é propriamente razão para manter muitos jogadores agarrados. Talvez se a campanha fosse  um pouco maior  ou existisse algo mais, talvez alguns elementos de RPG Bleach: Soul Resurreccion fosse melhor.

Bleach: Soul Resurreccion é fácil de jogar e a dificuldade permite que praticamente qualquer pessoa que goste do anime aproveite o jogo. O combate é profundo o suficiente e permite um monte de combos que até mesmo um novato pode fazer. Este é um jogo sólido que tem apenas alguns pequenos problemas, mas os maiores problemas são o que deixaram fora dele. Ainda é o melhor jogo de Bleach eu já vi, mas é totalmente até o indivíduo avaliar o quanto eles vão desfrutar do título. Se não gostam de repetir as coisas mais do que uma vez, a verdade é que Soul Resurreccion oferece pouco mais de três horas de jogo. Ao fim dessas irão fazer coisas que já fizeram mais do que uma vez e a repetição é tudo o que resta. Com tanto potencial a verdade é que acabaram por fazer um jogo que sabe a pouco. Pessoalmente gostaria de ver uma sequela que aproveitasse o trabalho já feito.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ComboCaster