Análise: The Legend of Zelda: A Link Between Worlds

Isto se a Nintendo pretendesse criar mais uma obra prima e um sucesso de vendas, pois podia simplesmente jogar pelo seguro e dar aos jogadores do original uma sequela. A narrativa começa de forma bastante genérica, Link, um aprendiz de um ferreiro, tem a tarefa de devolver a espada de capitão cavaleiro de Hyrule, e no processo de fazê-lo, descobre que o Reino de Hyrule foi invadido por um vilão pelo nome do Yuga que transformou várias pessoas do reino, inclusive a  amada princesa Zelda , em pinturas. Link transforma-se também numa ilustração de si mesmo, mas escapa do seu destino com uma pulseira misteriosa que lhe foi dada pelo igualmente misterioso Ravio, que passou a residir na casa de Link. Link começa então uma aventura para salvar Hyrule das maquinações de Yuga . Apesar do inicio bastante cliché, a história vai ficando melhor à medida que avançamos e perto do final começa a ser um dos melhores aspectos de A Link Between Worlds.

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Os gráficos são dos melhores que 3DS tem para oferecer, com uma palete de cores muito colorida e grafismo detalhado, com um ponto de vista isométrico e uma direcção artística que mistura vários estilos vistos já no passado sem copiar exactamente nenhum deles. Este é também muito provavelmente o jogo que melhor uso do 3D faz e o primeiro que eu recomendaria a jogar do inicio ao fim com este ligado. Portanto se vão comprar a consola por causa deste jogo optem por uma 3DS e não pela nova 2DS. Tendo em conta a plataforma tudo é realmente impressionante, desde o aspecto à framerate que torna tudo bastante suave. O som do jogo também não deve ser subestimado, especialmente se forem fãs dos sons clássicos da série, pois o som de A Link Between Worlds baseia-se em remixes dos sons mais populares.

Tudo isto seria trabalho em vão se a Nintendo não se tivesse preocupado com a jogabilidade e progressão, algo que fez bem ou melhor que nos últimos jogos da série. Em vez de encontrar itens em dungeons, Link tem agora acesso a quase todos os itens do jogo muito perto do inicio da sua aventura. O comerciante Ravio , além de dar a Link a pulseira que lhe permite transformar-se em numa pintura à vontade, também aluga e vende itens para Link usar. Todos os itens de Link tem apenas alugados são devolvidos à loja quando ele é derrotado em batalha. Todos os itens usam um medidor de magia partilhado. Se por um lado apenas nos temos que nos preocupar com um tipo de “munição”, significa também que por vezes temos que esperar que a magia regenere para continuar o jogo, algo que não iria acontecer se tivéssemos setas e bombas.

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A desvantagem desse sistema é que há muito pouco incentivo para comprar os itens e alguns itens parecem absolutamente inúteis. As próprias masmorras são bastante curtas, demorando algo em torno de 30 minutos a uma hora para ser concluídas, e estão cheiass de puzzles incrivelmente inteligentes e lutas contra bosses que fazem excelente uso da capacidade de Link para se transformar num quadro na parede, cada uma terminando com encontros com bosses que além de nostálgicas são bastante emocionantes.

Isto faz com que A Link Between Worlds seja um óptimo jogo para uma portátil, tirando partido de sessões de jogo curtas que podemos parar e continuar a qualquer altura. Para quem jogou A Link to the Past, apesar de as potencialidades e necessidades de exploração terem sido um pouco diminuídas, Hyrule continua a ser uma zona muito agradável de explorar e apesar de semelhante é distinta o suficiente para que seja interessante explorar todas as áreas do jogo.

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As aventuras secundárias são óptimas, e os melhoramentos que são dados aos itens de Link como recompensa são muito bons de ter. Pedaços do coração e equipamentos extra podem , como sempre, ser encontrado em uma variedade de locais, e algumas envolvem puzzles e tarefas que podem ser bastante desafiantes.A ligação entre mundos pode parecer uma repetição de aventuras do passado, mas por cada conceito de jogos anteriores que A Link Between Worlds usa, aparece sempre algo que nunca vimos na série antes. Há tanto para gostar em A Link Between Worlds que qualquer ponto menos conseguido é logo esquecido.

 

 

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