Este é um dos jogos mais recheados de bugs que já tive o “privilégio” de jogar. A ideia segundo os criadores é de que este seja uma demo para um futuro jogo e que tem apoio da própria NASA. A minha primeira queixa que tenho com este jogo é a sua longevidade. São poucos minutos de jogo por um preço que apesar de baixo não reflecte uma longevidade tão baixa. Facilmente este poderia ser uma demo gratuita e talvez essa decisão até fosse mais benéfica caso a qualidade fosse boa. Ou então simplesmente optar por uma estratégia semelhante a tantos outros jogos actualmente e simplesmente colocar a versão alpha do jogo final em early access.
Mas caso os poucos minutos fossem uma experiência de jogo satisfatória, o custo podia ser justificado, mas a qualidade do jogo em si é demasiado baixa para justificar qualquer investimento. Mesmo a custo zero eu teria muitas duvidas em justificar qualquer tempo gasto aqui. A minha experiência de jogo foi bastante penosa. Este jogo resume-se a uma pequena missão de salvamento. Logo no inicio temos um pequeno diálogo com outro astronauta e durante esse tempo decidi brincar um pouco com a baixa gravidade e por três ocasiões acabei por ficar preso exactamente no mesmo sitio. A quantidade de bugs presentes neste jogo fazem com que qualquer interacção fora da linha prevista cause algo imprevisto. Ficamos presos no ambiente, entramos em portas que parecem ser demasiado pequenas e podia continuar. É notável para um jogo tão pequeno.
Não havendo forma de nos matar-mos por exemplo a única forma é recomeçar o jogo pois também não há qualquer tipo de checkpoints. A jogabilidade é pobre, graficamente está completamente datado (mesmo tendo por base Unity) e a interface é contra intuitiva. Um botão que em qualquer outro jogo nos levaria de volta ao menu principal aqui simplesmente no manda de volta para o Windows. O primeiro objectivo digno desse nome é um puzzle matemático em que temos que resolver uma equação de física. Na interface temos uma calculadora mas nenhuma forma aparente de introduzir o resultado. Nada é intuitivo no jogo, mesmo os objectivos mais simples. Resolver uma equação também não é o que eu gostaria de chamar de puzzle num jogo mas é o que temos aqui. Starlite: Astronault Rescue consegue no entanto um feito notável. O de tornar um dos feitos futuros da humanidade mais entusiasmantes, aborrecido. Não há nada na ideia de um salvamento num planeta distante que pareça aborrecido, excepto aqui. Mesmo controlar um pequeno robô espacial é aborrecido.
Starlite: Astronaut Rescue demora cerca de vinte minuto para chegar ao fim mas acaba por ser mais uma obrigação do que um acontecimento natural, mas tenho que confessar que o conceito atrai-me e gostaria realmente que o produto final tivesse qualidade e não fosse apenas um evoluir do que existe actualmente. É preciso um salto gigante a gravidade zero para dar a volta a algo neste estado e não sei se a Project Whitecard Studios Inc. irá conseguir fazê-lo.
1/10