Análise: Castlevania: Lords of Shadow 2

Mesmo assim o primeiro Lords of Shadow conseguiu agradar a alguns fãs e mesmo aqui no Combo Caster gostámos bastante da versão PC, apesar de reconhecermos algumas das falhas. Muitos gostaram das mudanças e conheceram a série a partir daqui o que tornou Lords of Shadow o jogo mais vendido da série. Antes da sequela houve ainda tempo para um óptimo lançamento para a 3DS que serve de ponte entre o original e a sequela lançada agora.

A história continua depois do final surpreendente do primeiro jogo. Gabriel Belmont tornou-se na coisa que tentava destruir, o vampiro mais poderoso do mundo, Drácula. Drácula que esteve a dormir quase mil anos acorda no ano 2057 ou perto disso e recebe a informação de que Satã planeia voltar para o mundo e em troca da ajuda dos vampiros oferece a cruz de combate que lhe permite acabar com o seu sofrimento. O conceito de um cenário moderno em Castlevania traz consigo algumas ideias interessantes, mas infelizmente nunca foram concretizadas.

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Maior parte dos bons cenários em Lords of Shadow 2 encontram-se no passado. Como já devem ter percebido o jogo passa-se em duas épocas distintas, no passado e no futuro. Em alguns aspectos este é um jogo até superior ao primeiro jogo, especialmente no que toca a elementos Castlevania, mas em história é inferior ao primeiro jogo. A história tem alguns momentos interessantes mas rapidamente são ultrapassados e volta uma história desinteressante.

Este problema vem principalmente do facto de se tentar colocar tanto no mesmo jogo. O conteúdo é muito mas as pontas que se tentam ligar são mais ainda. Não se trata apenas dos acontecimentos de Lords of Shadow 2, mas também do primeiro jogo e Mirrors of Fate. O primeiros Lords of Shadow começava razoável mas a cada minuto de jogo tornava-se melhor. Lords of Shadow 2 também não começa da melhor forma e depois alterna entre bons momentos e maus momentos. Aquilo que mais contribui para estas variações de qualidade são as secções furtivas.

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Não sei de quem foi a ideia de as colocar no jogo. É de Drácula que estamos a falar, não precisa de ser furtivo. Além de não fazer sentido nenhum, estas sequencias não são interessantes e são um contraste enorme relativamente ao resto do jogo em que o combate é espetacular. Não são muitas estas sequencias e são relativamente curtas, mas nenhuma delas é interessante. Estes segmentos integram-se na história com a desculpa de que Drácula é muito fraco para enfrentar os Golgoth Guards e portanto tem que tentar passar despercebido, tentando colocar-se por trás de um para possuir o seu corpo.

Isto explicado pode ter outras interpretações. Vão chegar a estas secções a tentar passa-las o mais rápido possível para chegar às partes realmente interessantes e portanto este é um exemplo de quando um jogo tenta variar a sua jogabilidade mas não melhora com isso, muito pelo contrario. O mais triste de tudo isto é que o restante de Lords of Shadow 2 é realmente bom e sólido. A progressão deixou de ser linear, sendo agora um verdadeiro metroidvania. Para quem não sabe o que isso quer dizer, é um jogo em que a exploração é o mais importante e teremos que voltar atrás muitas vezes depois de conseguirmos recolher uma certa habilidade.

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Há realmente muito para explorar e completar a história do jogo corresponde a metade do conteúdo apenas. Para conhecer o final da história irão precisar de perto de 14 horas, mas podem atingir o dobro facilmente se quiserem explorar um pouco. O jogo passa-se em na cidade de Castlevania, com portais a ligar as quatro áreas do jogo. O único problema que consigo encontrar é o de as várias áreas não parecerem estar ligadas entre si, como se não fizessem parte da mesma cidade. Talvez não seja tão grave como descrevi mas não deixa de me deixar essa impressão.

Em termos de dificuldade, Lords of Shadow 2 é bem mais acessível que outros jogos do género metroidvania, recorrendo a uma seta para nos mostrar o caminho certo e outras localizações importantes. Mesmo trocar de época é feito de forma automática. Se a história precisar de que estejamos no futuro, o jogo praticamente nos empurra para lá. Um dos aspectos onde nota mais a inconsistência da qualidade é na qualidade dos cenários entre o futuro e o passado. Os cenários no passado são fantásticos ambientes góticos que nos relembram os excelentes cenários dos jogos anteriores. Os cenários no futuro são completamente genéricos e aborrecidos de se olhar.

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O jogo faz também um bom trabalho a mostrar-nos quais os sítios com que podemos interagir, colocando morcegos a voar nessa zona. O combate está melhor do que nunca, principalmente porque podemos agora controlar a câmara do jogo. Com a cruz de combate indisponível, Drácula ataca com uma corrente de sangue, recorrendo a ataques leves e pesados. Outras funções do primeiro jogo foram substituídas por duas espadas, uma que repõe alguma vida a Drácula por cada ataque e outra que inflige mais dano.

Com a experiencia que vamos ganhando com cada arma vamos comprando novos movimentos, que apesar de usarem os mesmo botões trazem algumas combinações interessantes. Graficamente a versão analisada no PC é fenomenal. Correndo a 60 FPS tudo é suave e o combate é quase tão fantástico de se olhar como de jogar.

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