Análise: Danganronpa: Trigger Happy Havoc

A escola é a Hope’s Peak Academy, uma escolar de elite para os melhores do país. Aqui os alunos estão sob a orientação do Monobear, um ser meio angélico meio diabólico e a única forma de escapar é graduando-se, o que envolve assassinar outro estudante sem ser apanhado. A personagem principal, Manoko Naegi, é um estudante desta escolar e acabada de ser selecionada. Obviamente nem todos estão contentes com o facto de terem de matar, portanto existem uma espécie de resistência e Manoko com a nossa ajuda vai tentar escapar de Hope’s Peak Academy.

Tal como maior parte dos jogos da NIS America os diálogos ocupam grande parte do tempo de jogo, neste caso quase a sua totalidade. Progredimos no jogo comunicando com outras personagens, tentando assim descobrir os mistérios de Hope´s Peak Academy. Não fosse o humor que existe nos diálogos e a qualidade da escrita este podia passar por um mau jogo, mas a realidade está longe disso. Brevemente irei falar um pouco de jogos deste género e ai irão ver o quão Danganronpa: Trigger Happy Havoc é bom comparado com a concorrência. Este género normalmente fica-se por nos dar diálogos para ler, mas Danganronpa: Trigger Happy Havoc é mais do isso, tentando oferecer uma jogabilidade variada.
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As personagens principais vão desaparecendo no decorrer do jogo e é realmente importante a variedade, seja na jogabilidade, seja no próprio humor dos diálogos. Danganronpa: Trigger Happy Havoc distancia-se de outras visual novels ao conter alguma exploração, assemelhando-se bem mais a jogos como Phoenix Wright por exemplo. Aqui podemos explorar as cenas do crime numa perspetiva na primeira pessoa, tal como em Phoenix Wright. Depois é uma questão de conseguir encontrar todas as pistas e assim encontrar o culpado para o levar a uma espécie de tribunal, que novamente varia um pouco a formula, sendo um pequeno minijogo onde a nossa destreza é posta à prova.

O funcionamento vai parecer em parte semelhante a quem já jogou algum dos jogos da serie Phoenix Wright. Estes julgamentos são uma batalha rápida, em que tentamos mostrar as provas relevantes, junta-las com os depoimentos das varias personagens e depois debater essas provas. À medida que a historia se vai compondo vamos criando a nossa versão dos acontecimentos numa espécie de banda desenhada. Esta espécie de jogo rítmico quebra o tom mais parado da exploração e podem ser bastante complicados.

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Tudo isto é complementado por uma arte impecável, especialmente nas cutscenes. Enquanto que o estilo anime funciona muito bem em cutscenes, no jogo em si apenas temos um grafismo 2D que vai buscar inspiração a Parappa the Rapper, o clássico para PSOne. O jogo ficaria realmente a ganhar com uma outra opção na direção artística, pois os modelos são realmente pobres quando olhamos para eles com atenção. O som no entanto é outra historia. As vozes em inglês são ótimas e correspondem bastante bem com o que vemos no ecrã. Além disso e tal como é comum nos jogos da NIS America podemos também jogar com as vozes no original japonês e sei que muitos irão preferir.

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