Ecco the Dolphin é um jogo que não tinha grandes probabilidades de ter êxito. Na altura do seu lançamento a guerra entre a Nintendo e SEGA estava ao rubro e a consola da SEGA estava recheada de grandes jogos de ação, com criaturas fantásticas e guerreiras musculados. Não era de prever que um jogo com um golfinho triunfasse, mas foi o que aconteceu e Ecco the Dolphin ficou conhecido como um clássico. O conceito podia não ter deixado muitos jogadores com vontade de experimentar, mas o resultado final foi uma verdadeira obra de arte.
Grafismo soberbo para a altura, jogabilidade única e uma atmosfera de jogo brilhante. Ecco é o nome do golfinho que controlamos e tal como prometia, controlamo-lo num oceano colorido e pacifico, mas rapidamente tudo muda. Enquanto Ecco temos que explorar as profundezas do oceano, recheadas de perigos e ruinas antigas. A jogabilidade é muito semelhante à de um jogo de plataformas, mas debaixo de água. Existem alguns elementos metroidvania, com uma grande enfâse na exploração. Grande parte do tempo de jogo é passado a explorar, o que significa muito basicamente que irão passar muito tempo perdidos.
A dificuldade de Ecco the Dolphin é também bastante considerável e não é o lançamento para 3DS que irá alterar isso. Todas as criaturas do oceano parecem ter algum problema com Ecco pois desde as maiores aos mais pequenos seres aquáticos nos tentam matar. Os controlos são bastante precisos mas o espaço que temos para nos movimentarmos é realmente apertado e portanto é difícil desviarmo-nos de projeteis e evitar obstáculos. Como se tudo isso não bastasse existe um tempo limite para resolvermos todos os puzzles e obstáculos que nos aparecem.
Ecco é um golfinho e portanto um mamífero, portanto tem que respirar à superfície. É o facto de termos que andar entre puzzles e a superfície para respirar que torna o jogo frustrante, especialmente porque podemos morrer pelo caminho tão facilmente. Felizmente há uma solução para estes problemas na versão 3DS. Uma nova opção faz com que Ecco fique invulnerável e sem precisar de respirar. O jogo continua a ter algum desafio graças à dificuldade dos próprios puzzles, mas pelo menos não temos que nos preocupar com o resto.