Eu gostava realmente de ter coisas boas para dizer sobre Cypress Inheritance, mas não há muito por onde pegar. Felizmente os últimos tempos têm sido bons e há muito por onde ocupar o tempo e depois de um primeiro impacto tão fraco dificilmente alguém conseguirá gastar muitas horas aqui.
Gastei algumas horas no jogo e nem sequer consegui perceber bem qual era o objectivo. Os seus criadores categorizam-no como um RPG realista, mas pessoalmente não consegui perceber onde estava a parte de RPG nem a de realista. Senti-me como se estivesse a jogar uma cópia barata de Myst e o único sentimento que este despertou em mim foi o de me fazer sentir perdido durante todo o tempo que joguei.
A história que percebi falava da protagonista Lorna, que adoptada enquanto criança passou bastante tempo à procura da sua família real. Depois de uma pequena introdução conhecemos um estranho que parece conhecer tudo sobre Lorna. O resto da história é uma confusão que nem tentei compreender, mas que até o exercito e uma destruição iminente de uma ilha envolvia, ilha essa que é controlada por uma inteligência artificial que se revoltou.
Se isto fizer sentido para alguém então este é o jogo para vocês. É quando chegamos a esta ilha que o jogo começa realmente e os problemas reais se tornam evidentes. Não nos é dado qualquer objectivo, direção a seguir ou qualquer tipo de HUD que nos ajude a tornar a experiência de jogar esta desgraça um pouco menos frustrante. O jogo dá-nos alguns itens como um “health pack” mas não nos dá qualquer indicação de quanta vida tempos. Recebemos também uma arma de atordoamento mas logo no primeiro confronto percebemos do pouco que vale.
Basicamente o que percebi de cada encontro é de que o combate envolve encontrar um inimigo robótico, ser derrotado, acordar numa gruta, escapar da gruta e voltar a ser derrotado e repetir o ciclo. Mas os problemas do jogo são bem mais abrangentes do que isto, o grafismo é bastante datado, no entanto demora demasiado a carregar novas áreas, a jogabilidade é aborrecida e sem qualquer tipo de ajuda a única coisa que fazemos é andar pela ilha perdidos sem qualquer tipo de direção.