Jazzpunk é um jogo difícil de caracterizar. É uma comédia da Necrophone Games que é quase impossível de agrupar aos géneros conhecidos. É um jogo recheado de piadas que não têm ligação entre si, ou pelo menos nenhuma aparente. Mesmo que exista uma linha narrativa, não é a seguir essa linha que irão aproveitar Jazzpunk ao máximo. Se algo aparenta ser possível é muito provável que possa.
E é isso que faz de Jazzpunk um jogo tão bom. A história passa-se nos anos 50, num período alternativo recheado de robôs e soviéticos e americanos e toda uma série de loucuras que funcionam muito bem com a direção artística escolhida com os humanos parecem recortes de cartão. A nossa personagem é um espião que pode ouvir conversas políticas privadas , roubar documentos secretos e tudo o resto que um espião faz.
Podem seguir os eventos da história linearmente. O jogo não faz nada para impedir que o acabem em pouco tempo, mas não irão retirar o valor do dinheiro que gastaram a não ser que resistam ao desejo de prosseguir na história e explorarem o resto das áreas e todas as piadas que aí estão. A história é decente e engraçada mas as personagens são pouco mais que estereótipos. O próprio grafismo escolhido realça isso.
As mecânicas de jogo são baseadas em mini-jogo que são referencias a jogos clássicos como Frogger ou Space Invaders. Nenhum deles é uma maravilha no que toca à jogabilidade, mas não são frustrantes, e o importante são as piadas. As piadas são o ponto forte e o jogo faz um sacrifício para não as saturar.
Não existem mortes, o que faz com que raramente tenham que ouvir a mesma piada duas vezes. As próprias piadas estão incorporadas nos objectivos do jogo. Podemos resolver quase todos os objectivos de forma cómica. Como disse anteriormente, se é possível que funcione, então muito provavelmente irá funcionar. Isso faz com que repetir o jogo para tentar outras soluções seja ótimo. E por vezes o jogo consegue surpreender-nos quando reconhece uma solução que nós próprios achámos completamente louca.