Análise: Tiestru

Raramente um jogo do género Tower Defense em entusiasma. São jogos que ocupam tempos livres, mas raramente há um jogo que eleva o género a novos patamares e nos agarra de alguma forma. Tiestru além de não nos entusiasmar antes de começarmos a jogar, desilude mal começamos.

Não existe qualquer história, nem mesmo uma pequena introdução que nos enquadre no mundo de Tiestru, o que torna este ainda mais genérico. Não temos razão para lutar, nem percebemos contra quem lutamos. O objetivo é proteger um cristal verde que nós próprios colocamos. Se o objetivo é esse podíamos começar talvez por não colocar o cristal, mas não há essa opção.

Mesmo tendo em conta as limitações do género, Tiestru consegue ser ainda mais limitado em termos de ideias. Ao contrário de outros jogos do género onde há várias torres distintas, aqui colocamos cristais de várias cores. Apenas esse aspeto do jogo é o suficiente para eu perder a vontade de jogar. Cristais verdes bloqueiam o caminho, cristais azuis atrasam os inimigos, vermelhos atacam e por aí fora. Mesmo nesta lógica Tiestru tem falhas, com a torre básica de ataque a ter a mesma cor que a torre de raios.

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Mesmo quando faz algo bem estraga tudo a seguir. Os mapas são grandes, bem grandes até, mas conseguimos passar cada um deles com poucas torres, o que nos deixa preocupados apenas com uma pequena porção de um mapa gigante. Pensar em termos estratégicos nem sequer parece ser uma necessidade, pois no nível mais baixo basta rodear o cristal principal com torres de ataque e que abrandem os inimigos.

A IA é fraca e com animações dos inimigos ainda mais fracas, a maior dificuldade do jogo é aguentar olhar para o jogo durante as várias ondas de inimigos.

Isto porque graficamente o jogo é pobre. Más texturas e baixo nível de polígonos, juntamente com as animações pobres fazem deste um jogo difícil de aguentar apenas de olhar para ele, mas jogar é ainda mais penoso.

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Os controlos do jogo são provavelmente o pior inimigo. É complicado colocar as torres exatamente onde queremos e a câmara é um exemplo perfeito de como não fazer as coisas.

O unico aspeto positivo acaba por ser a musica, e mesmo essa está a níveis medianos. Talvez se jogarem de olhos fechados consigam ter algo de positivo de Tiestru, pois caso contrário é um jogo que falha em todos os aspetos cruciais. Não tem história nem lore, é pobre graficamente com animações horríveis, a IA é fraca, tem maus controlos e a câmara complica ainda mais.

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