Blues and Bullets é um jogo de detetives episódico que segue Eliot Ness, um policia reformado que se vê envolvido num novo caso, o que lhe vem complicar a vida atual de dono de restaurante. Esta análise irá focar-se no primeiro episódio e talvez seja e no futuro talvez volte a este jogo tal como temos feito aqui com os jogos da Telltale, em que analisamos cada episódio individualmente.
É muito fácil ver a inspiração de Blues and Bullets. Os jogos da Telltale são uma inspiração obvia, seja pelos lançamentos episódicos como pela jogabilidade. Tal como os jogos da Telltale, Blues and Bullets divide-se em diálogos em que temos tempo limitado para escolher a opção que consideramos correta, exploração e cenas de ação que aqui assumem a forma de combate corpo a corpo como nos jogos da Telltale e sequências de tiro que funcionam num estilo arcada em que não controlamos o movimento da personagem.
Outra inspiração é sem duvida Sin City e o film noir em geral. Todo o jogo é a preto e branco e vermelho a destacar objetos importantes. Aliás, toda a história é uma homenagem ao film noir e uma coleção de clichés. O polícia reformado que se torna detetive é o mais cliché possível, mas não me vão ver a queixar.
A maior fatia do jogo é a exploração. Enquanto que os jogos da Telltale normalmente se focam mais nos diálogos, aqui é a exploração a ocupar a maioria do tempo. Blues and Bullets é no fundo um jogo de detetives portanto não é de estranhar. Explorar em si não é muito interessante, mas o trabalho de detetive é fenomenal e torna este um dos melhores jogos do género detetive.
Tal como já referi, Blues and Bullets funciona como os jogos da Telltale em que temos tempo limitado para escolher uma das opções de diálogo. Nem todas as escolhas afetam o decorrer do jogo mas algumas têm impacto no decorrer do jogo. No final de cada episódio podemos também ver o ecrã a que a Telltale nos habituou com as nossas escolhas e que percentagem dos jogadores escolheu da mesma forma.
Para quem gosta deste tipo de histórias, a de Blues and Bullets é soberba. Agarra o jogador com as suas intrigas e personagens. Mas aquilo que os criadores souberam fazer realmente é equilibrar o ritmo do jogo. Nada dura nem mais nem menos do que deveria durar. Nunca o jogador tem de explorar durante demasiado tempo, sem que um diálogo e sequência de ação apareça e isso é dos aspetos mais importantes neste tipo de jogos.