Análise: Mr Shifty

O primeiro Hotline Miami é um dos meus jogos indie favoritos. A jogabilidade, aos visuais e até a louça história são verdadeiros clássicos da história dos jogos indie. Os criadores de Mr Shifty decrevem a sua jogabilidade como Hotline Miami em esteróides e não há melhor forma de o descrever.

Em Mr Shifty controlamos, bem, Mr Shifty, uma personagem que tem o poder de se tele-transportar para curtas distâncias, o que lhe permite desviar dos inimigos e flanquear os vários grupos de guardas e também atravessar paredes.

Em termos de narrativa, está apesar de mais fácil de entender, não tem as qualidades do jogo que o inspirou. O próprio grafismo é em tudo superior, mas não tem a singularidade que Hotline Miami tem.

Outro elemento que teve que ficar pelo caminho para que a jogabilidade seja como é, é a forma táctica com que temos de abordar os níveis em Hotline Miami. O jogo é pausado pois o inimigo facilmente nos elimina. Aqui mesmo que a AI fosse tão perigosa, a nossa personagem é tão mais poderosa que não há qualquer comparação possível.

O resultado final é misto. Por um lado o aumento de velocidade da ação torna a jogabilidade do jogo bastante viciante, mas por outro lado, menos satisfatória. Isto é um pouco difícil de explicar, mas resumindo, o jogo é viciante, sentimos vontade de continuar a jogar nível após nível, mas por outro lado não nos sentimos realizados. O jogo apesar de tudo é mais simples e nunca sentimos que não conseguimos ultrapassar um obstáculo.

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