Análise: Valerian e a Cidade dos Mil Planetas

Luc Besson é o realizador de um dos meus filmes SciFi preferidos. Ao descrever Valerian como filme que este gostaria de ter feito quando criou o Quinto Elemento apenas tornou o filme mais interessante.

Apesar de não conhecer o material de origem, sabia da sua importância por exemplo na direcção artística de Star Wars, mas este podia ser mais um daqueles conteúdos altamente influenciadores de outros conteúdos mas que quando finalmente é adaptado a outro meio ou regressa para mais já foi ultrapassado pois os conteúdos que inspirou já fizeram tudo aquilo antes. Mas Valerian acaba por ser bem mais e original para sofrer desse problema.

A história é apesar de tudo original. A espécie humana tem a sua estação espacial internacional como existe atualmente, mas com o passar das décadas está vai crescendo, unindo as nações do mundo e no futuro outras espécies de outros planetas até que cresce demasiado e tem de começar uma viagem espacial que irá durar o resto da eternidade. O filme começa com a destruição de um planeta exótico onde a vida parece simples, uma raça que vivia da sua ligação com a natureza, um pouco como os Na’vi de Avatar.

Apesar de não existir nenhum aspecto do filme que eu considere realmente mau, é nós efeitos visuais que Valerian mais se destaca. Mais do que ser impressionante pela qualidade do CGI, é a direção artística e originalidade das criaturas e cenários que cativa a audiência. Obviamente cnseguimos ver os elementos que inspiraram alguns clássicos da ficção científica no cinema e que por sua vez parecem ter inspirado a adaptação cinematográfica de Valerian mas ainda há muito de original no novo filme de Luc Besson.

Mas Valerian está longe da perfeição. A primeira critica que se pode fazer é a interpretação das duas personagens principais. Tanto Cara Delevingne como Dane DeHaan desempenham separadamente bem as suas personagens mas o seu romance fica longe de convincente. A estrutura narrativa também fica um pouco aquém, assim como o ritmo do filme que vai sofrendo algumas quebras especialmente com o Camelo de Rihanna que não acrescenta absolutamente nada ao filme.

Apesar de não ser o melhor filme de Luc Besson, Valerian talvez acaba por sofrer do respeito que o realizador tem pelo material de origem. A pressão para ser fiel ao material de origem e criar um filme que faça justiça ao respeito que o realizador tem pela BD talvez tenham impedido que este se tenha atrapalhado com aquilo que faz de um filme um clássico.

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