Análise: Razer Tiamat 2.2 V2

Analisar os novos auscultadores Razer Tiamat 2.2 é uma tarefa ingrata, especialmente depois de ter analisado o mês passado os excelentes Kraken 2.0. A minha opinião sobre esses auscultadores não sofreu alterações,  no entanto quando os ponho lado a lado com os Tiamat a escolha torna-se muito mais complicada. Todos os pontos a favor dos Kraken estão em pé de igualdade nos Tiamat, quase que remetendo a escolha para preferência pessoal, no entanto existem algumas pequenas diferença e algo fora do comum, o som nos Tiamat é inferior e muito abaixo daquilo que seria de esperar da Razer e de uns auscultadores com este valor.

A diferença mais óbvia é o design que no Tiamat que vai buscar muito do que fez dos originais Tiamat 2.2 uns auscultadores populares e melhora em toda a linha. Em termos de aspecto os Tiamat são realmente fantásticos e bastante confortáveis de utilizar, mesmo sendo superiores neste aspecto aos Kraken que ao fim de algum tempo de utilização me começaram a dar dores de cabeça, mas que eu vou continuar a atribuir à gripe que tive na mesma altura. Tudo encaixou na minha cabeça na perfeição, o cabo tem o tamanho certo, o micro está na posição ideal e o controlo de volume também. A rotação de cada lado faz com que assentem bem e se tornem ainda mais confortáveis e acreditem quando digo que em todos os aspectos de usabilidade, conforto e qualidade os Razer Tiamat são realmente bons.

No fundo estamos a falar de uns auscultadores e não há muito mais a dizer em termos de funcionalidade, faltando apenas aquilo que alguns talvez se esqueçam ser o mais importante, como tudo soa nos Tiamat e nesse aspecto estamos longe do ideal. Não vou dizer que os Tiamat soam mal ou de alguma forma são equivalentes a hardware barato, mas aquilo que a Razer tentou fazer com os subwoofer nos dois auscultadores simplesmente não funciona da forma pretendida. Não consigo indicar de forma clara qual é o problema que atinge o som, apenas sei que existe. Não se trata propriamente de volume ou distorção, mas talvez de amplitude que vem da falta de amplificação e do excesso de material que a Razer tentou enfiar dentro de uns auscultadores e tentando de alguma forma resolver a falta de amplificador. O som acaba por ser aborrecido, sem amplitude, quase que abafado.

A minha critica pode parecer excessiva, mas apenas assim é porque estamos de falar de algo que custa mais de 100€, o que deixa estes auscultadores no top dos headset gaming mais caros, logo seria de esperar algo mais. Acredito também que a intenção era realmente boa e a de tentar fazer algo bastante superior ao que existe no mercado e nunca a tentar enganar ninguém, apenas foi um esforço que acabou por não resultar tão bem como seria de esperar.

Com tudo isto, os Tiamat continuam a soar bem e são superiores a qualquer headset de uma gama mais baixa e juntam a isso uma durabilidade difícil de rivalizar e o conforto e design que descrevi em cima. O meu conselho é simples, experimentei uns e oiçam por vocês, porque apesar de tudo vai ser uma preferência pessoal.

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