Análise: Forged Battalion

Os jogos de estratégia em tempo real (RTS) eram um dos géneros mais populares apenas à alguns anos. Age of Empires, Warcraft, Red Alert ou Rise of Nations eram dos meus favoritos, mas recentemente pouco há para mostrar do género com a excepção de Starcraft 2. A Team17 e o estúdio Petroglyph esperam lucrar com essa nostalgia com Forged Battalion, um RTS de inspiração retro no século 21 apocalíptico. Mas Forged Battalion não vive apenas de nostalgia, oferecendo algumas novidades à mistura.

Em Forged Battalion o segredo para o sucesso é como o jogador utiliza o sistema de crafting e isso é o segredo para ganhar e para virar a maré de uma batalha perdida. A familiaridade parece ser a vantagem mais forte do jogo, já que as teclas de atalho e controles são incrivelmente populares, sendo as mesmas que já usamos à anos e anos. Desde o início o jogador sabe exactamente o que fazer, o que construir e qual a ordem de construção para fortalecer as nossa forças mais rápido. Na verdade, a menos que se seja um iniciante completo em jogos do género RTS nem tutorial é necessário.

A jogabilidade é bastante simples e praticamente e segue o formato padrão de construir uma fonte de energia energia, um quartel, fábrica de veículos leves, centro de comunicações, fábrica pesada e depois partir para o armamento pesado. Forged Battalion apresenta um modo para um jogador com uma campanha que actualmente consiste em 7 missões, cada uma desbloqueada até completarmos a missão anterior numa certa dificuldade. Em termos de longevidade não posso dizer que o jogo seja muito grande mas os mapas de escaramuças podem conter até 8 jogadores em cada mapa, que podem ser humanos ou jogadores de IA e isso traz alguma longevidade extra.

Tudo o que fazemos no jogo recompensa-nos com pontos de pesquisa, como destruir um prédio inimigo ou unidades inimigas, a construção de edifícios ou o treino de unidades. As tecnologias oferecem mais opções para personalização de unidades que pode ser o principal ponto de venda e, embora seja limitada no início, permite que os jogadores construam um exército à sua escolha, adicionando variedade visual ao jogo assim como um elemento criativo.

O principal problema do jogo acaba por ser a campanha de história que envolve a contratação de um grupo chamado The Collective. É uma história bastante genérica com um vilão que tenta controlar o mundo, cabendo a nós os jogadores e à resistência impedir que isso aconteça. Honestamente, em um jogo como este, a campanha não é a atracão principal, e é o modo multiplayer que tem que ter uma longevidade e esse modo já está repleto de mapas e uma variedade de modos de jogo.

Os gráficos não vão surpreender, mas não estão extremamente datados, com um bom misto de 3D e 2D. No geral, é um bom jogo para os jogadores dos RTSs antigos. A Petroglyph nunca se iria afastar demasiado dos moldes do jogo e isso nota-se aqui, no entanto o resultado final é realmente bom. Pode não ter correspondido a tudo o que eu gostaria mas chega perto disso e oferece-me algo que me lembra das horas passadas com os jogos do passado.

 

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