Análise: Tanks Meet Zombies

Da portuguesa Titan Forged Games, Tanks Meet Zombies foi uma surpresa pessoal. Apesar de apoiar o desenvolvimento nacional sempre que posso desconhecia Tanks Meet Zombies, tendo uma chave do jogo juntamente com algum material promocional simplesmente aparecido no meu email. Com uma grande quantidade de grandes lançamentos e uma verdadeira montanha de jogos em back log fui deixando esta review para trás porque o jogo simplesmente não me impressionou num primeiro impacto. Apesar de não me ter maravilhado da forma que muitos jogos indie já o fizeram antes, Tanks Meet Zombies impressionou-me bastante, sendo uma agradável surpresa para quem esperava tão pouco do jogo.

Tanks Meet Zombies é um shooter top down como tantos outros, com um visual que parece bem pior nas imagens promocionais do que ao jogar o jogo. O tema zombies foi mais do que explorado, no entanto raramente o é na sua forma mais cómica e cartoon como encontramos aqui. Um dos meus jogos favoritos apesar de estar longe de ser um clássico é Stubbs the Zombie in Rebel Without a Pulse e Tanks Meet Zombies lembra-me a espaços a estética desse jogo, deixando-me com memórias de um jogo que já não consigo jogar nem comprar.

Apesar da temática e estética ter uma boa impressão em mim, não posso dizer que Tanks Meet Zombies seja um bom excelente, ficando-se pelo razoável. A realidade é que estava à espera de tão pouco do jogo que tudo o que ele fazia razoavelmente bem me impressionaram. A história além de não fazer sentido nenhum é completamente desnecessária e fala sobre uma paixão entre uma zombie e um tank ou um zombie e uma tank, sinceramente não prestei atenção. Cada nível do jogo divide-se em três fazes, em que as duas primeiras são de sobrevivência e a terceira uma luta contra um boss. Nas fases de sobrevivência o jogador tem de sobreviver  a 10 hordas de zombies. Os inimigos têm surpreendentemente uma boa variedade, com zombies normais, zombies que explodem no contacto, zombies que se protegem com um escudo e causam ricochete nas nossas balas e têm de ser atropelados. A variedade de inimigos e mapas é realmente o melhor aspecto do jogo, apesar de em termos de jogabilidade ser um jogo decente. A variedade está lá, no entanto não posso dizer que o conteúdo seja realmente excelente. Os bosses por exemplo são variados sim mas também não posso dizer que derrotar cada um deles tenha sido uma experiência memorável.

A falta de momentos e conteúdo memorável é realmente a maior critica que posso fazer ao jogo. Apesar de ser um jogo razoável a bom em todos os seus aspectos não há nada que o destaque realmente. Há aqui muito trabalho e o resultado final é bom mas não é bom o suficiente para ser lembrado sequer como um dos melhores jogos portugueses na Steam. Mesmo o design que tanto gostei não é original, é algo que eu gosto pessoalmente mas que tem bases sólidas em outros jogos e já foi explorado em vários jogos do género e sem ser do género antes. Neste momento enquanto escrevia a linha anterior lembrei-me de outro jogo melhor e com uma temática igual, Burn Zombie Burn!, um outro exemplo que espelha o que eu quero dizer. Tanks Meet Zombies é bom, mas falta algo que seja a cereja em cima do bolo.

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