Golem Gates lança o jogador como The Harbinger, um poderoso mago mascarado que é convocado para a derradeira tarefa de derrotar um exército de golems malignos e nefastos para a maior glória dos virtuosos golems amarelos. A batalha assume a forma de um RTS com o pequeno pormenorr de em vez de coletar recursos e treinar unidades, cada unidade e habilidade vem de jogar um baralho de cartas. É um conceito inovador, mas a inovação acaba por ser repleta de desafios e pormenores que não funcionam com esta mudança no fórmula RTS.
Todas as habilidades do Harbinger recorrem a energia. Quando o jogador tem energia suficiente pode jogar uma carta. Cada carta na mão representa um edifício, unidade ou habilidade diferente que o jogador pode lançar no campo. Enquanto os jogos RTS mais tradicionais colocam o jogador a reunir recursos para construir unidades, Golem Gates altera essa fórmula e coloca o jogador a capturar pontos de controle de geração de energia. Como há vários pontos de controle em cada mapa, isso obriga-nos a pensar estrategicamente e defendê-los, em vez de simplesmente acumular unidades de forma impensada.
O que pode ser ainda mais frustrante é a rapidez com que o nosso exército pode ser eliminado em um piscar de olhos por apenas uma carta de bola de fogo com pouco que o jogador possa fazer, sendo a sorte um factor central da jogabilidade de Golem Gates. Golem Gates pode exigir uma boa quantidade de habilidades de gestão em combate. Além de controlar as unidades e evitar que elas passem por uma série de armadilhas ou torres, o jogador também precisa jogar cartas no meio da batalha para ganhar vantagem. O jogador tem acesso a unidades de heróis ou outras unidades com habilidades únicas. As unidades de detonador, por exemplo, podem avançar e explodir numa espécie de Kamikaze, mas o jogador tem de selecioná-los individualmente, ativar a habilidade e selecionar um alvo, o que é exageradamente exagerado para algo tão simples.
O que falta na campanha Golem Gates é um enredo sólido. O Harbinger troca ameaças vagas e insinuações enigmáticas com alguns magos e isso resume basicamente o que consegui reter da história do jogo que não se resume à banalidade de todas as histórias semelhantes. Comparado com as melhores histórias que por exemplo a saga Command and Conquer não se consegue realmente compreender a falta de atenção dada a esta vertente do jogo. Golem Gates tem uma atmosfera opressiva o que o distingue muitos jogos do género e a música espelha as terras industriais cinzentas igualmente desbotadas em que cada batalha acontece. Com isto devia vir uma história épica de grande escala em vez da banalidade que o jogo oferece.