Para quem conhece Attack on Titan é muito difícil olhar para Extinction sem começar a fazer comparações com esse anime, para quem não conhece, o conceito pode parecer bastante mais inovador. Extinction faz o melhor possível para ser um grande jogo feito com um orçamento muito mais pequeno do que seria desejável e na grande maioria dos seus componentes consegue chegar longo. É um jogo onde gigantes ogres abrem caminho em cidades enquanto a nossa personagem os tenta impedir. O jogador consegue derrotar estes gigantes esmagando a sua armadura, pedaço por pedaço, cortando apêndices e cortando as suas cabeças, o que é espetacular de se ver uma vez que o inimigo é do tamanho de um arranha-céu e apesar de Extintion não ser um jogo altamente detalhado, os visuais são bastante competentes e coloridos.
Avil é o último Sentinela encarregado de defender o reino dos homens contra os malvados Ravenii, os ogres do jogo. Na maioria dos níveis o objectivo é defender uma cidade contra os gigantes e resgatar os locais. Resgatar os habitantes da cidade e massacrar os monstros menores aumenta o medidor de energia rúnica que permite atacar o ogre gigante. O jogador tem depois de sse aproximar apertar o gatilho esquerdo e a ação entra em câmera lenta para o jogador segmentar um ponto fraco ou um pedaço de armadura. Soltar o gatilho e vai lançar no ar e cortar o alvo , quebrando-o ou dividindo-o em dois. Atacar um tornozelo faz o inimigo cair no chão, atacar um braço faz com que eles percam antebraço e mais qualquer coisa que eles estejam segurando. O jogo prossegue este ritmo até que se chegue ao ataque final e por fim cortar a cabeça ao ogre.
Os Ravenii não são tão burros quanto parecem e amarraram armaduras sobre seus pontos fracos. Às vezes, são apenas tábuas de madeira que quebram com um único ataque, mas também podem ser coisas pesadas que só quebram quando se quebra os cadeados que os prendem. Pode até ser totalmente invulnerável. O que é pior é que podem haver dois ou três Ravenii de uma só vez e múltiplos objetivos que temos de proteger e falhar algum deles implica começar tudo de novo, literalmente começar um nível que pode ser longo de novo mesmo que apenas os últimos cinco minutos tenham corrido mal.
Alcançar alguns faz Avil usar as suas habilidades em plataformas, saltando pelas laterais dos edifícios, voando pelo ar e usando um chicote para agarrar objetos ou pedras preciosas na armadura dos ogres. Esta é aliás a unica forma de chegar a algumas zonas dos Ravenii uma vez que eles têm zonas cobertas em armaduras a que não conseguimos fazer nada. Infelizmente o jogo tem uma série de problemas que impedem que tudo isto seja tão bom como parece. As cidades por exemplo são bastante aborrecidas, com um aspecto bastante genérico onde os únicos sinais de vida são as pessoas amontoadas em volta dos cristais. Enquanto o jogador luta contra os Ravenii os locais estão simplesmente a ser abatidos e apesar de ser um jogo bastante único existem muitos pontos em comum com a série Warriors, principalmente nos problemas que essa série também tem.
A diversidade de ogres gigantes é significativa mas mesmo sendo significativa não faz com que em pouco tem a jogabilidade se torne repetitiva. A estratégia que temos que usar vai variando mas no fundo a jogabilidade não evoluiu e os problemas técnicos da câmara por exemplo vão-se mantendo e vão diminuindo a diversão que conseguimos ter. É um trabalho árduo e nem sempre atraente. A campanha principal inclui algumas missões com elementos aleatórios e há um modo Skirmish separado,e aleatório. Essas missões são quase indiscerníveis da maioria das missões no resto da campanha.
Extinction é no geral sólido mas as pequenas falhas e elementos repetitivos impedem-no de ser melhor. A inspiração em Attack on Titan é óbvia mas consegue ser visualmente distinto e interessante. Infelizmente o orçamento do jogo nota-se quando realmente olhamos para o jogo com atenção e somamos as suas falhas, mas numa dessas habituais promoções de natal é um jogo para comprar quando estiver com uma promoção interessante.