Análise: Fantastic Beasts: The Crimes of Grindelwald

Qualquer fã de Harry Potter não diz que não a mais um filme ou livro ou que quer seja baseado neste mundo fantástico, mesmo que isso nem sempre seja a melhor escolha. Esta nova saga tem a mão da criadora J.K. Rowling e prometia continuar a fantástica história, expandindo o mundo que os livros e filmes originais criaram, no entanto o primeiro filme acabou por não oferecer exactamente o que os fãs queriam. Sim conseguiu expandir o mundo e e oferecer um filme competente e boas personagens, no entanto tudo pareceu saber a pouco e o filme apenas abriu portas para os filmes seguintes.

A realidade é que a saga de Harry Potter não é propriamente uma que tenha muitas pontas soltas e toda esta saga acaba por se sentir um pouco como o filme Solo da saga Star Wars ou o Rogue One, contando uma espécie de história que ninguém realmente pediu. Isso não quer dizer que não seja interessante e a promessa não seja para já o suficiente para me manter interessado, mas Crimes of Grinderwald oferece realmente muito pouco para avançar a história e as surpresas que acontecem deixam os fãs dos livros a puxar pela cabeça a tentar perceber como é que as coisas encaixam ou sequer se  conseguem encaixar. Tendo isto em consideração não é possível não ver os pontos fortes do filme.

Os valores de produção são surpreendentes. Visualmente, seja em efeitos especiais ou direcção artística, o filme tem um aspecto incrível, mas há tantas sub histórias e novas personagens que além de raras serem utilizadas em todo o seu potencial, fica a ideia que muitas foram encaixadas aqui por serem nomes que os fãs irão reconhecer. Os visuais do filme são espectaculares, e a ação é emocionante e todo o elenco é perfeito, seja na escolha em si como na performance.

Além disso Paris é um excelente cenário, mas novamente pouco utilizado além de pano de fundo. Uma das coisas que mais gosto em Game of Thrones é a forma como conhecemos o folclore de cada zona e como vamos conhecendo aos poucos novos pormenores do mundo da magia. Infelizmente o filme não faz isso e apresenta-nos um filme de ação muito mais banal do que pessoalmente gostaria e volta a empurrar para o próximo filme todas as promessas que fez, nunca desenvolvendo ao ritmo desejado.

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