Análise: Red Wings: Aces of the Sky

As propostas de jogos de voo não é pouca na Switch, no entanto devem-se contar pelos dedos de uma mãos os que se passam na primeira guerra mundial, pessoalmente não conheço mais nenhum. Red Wings: Aces of the Sky não se preocupa tanto com o realismo como com a diversão da jogabilidade, que apesar de simples consegue ser altamente viciante. O jogo tem além de outras opções, duas campanhas, a da aliança alemã e da aliança britânica, o que nos dá um bom panorama da primeira guerra mundial.

O principal foco do jogo são os combates aéreos, apesar de existirem algumas missões que quebram o ritmo, o que é realmente bom, pedindo ao jogador que navegue por alguns arcos para manter o combustível acima do zero ou para bombardear alguns alvos como pontes. O conteúdo presente no jogo pode não parecer muito à primeira vista já que são apenas 50 missões divididas nas duas campanhas No entanto quando somamos as naves que existem para desbloquear e as skins o conteúdo começa a parecer considerável e graças ao replay value que o jogo tem, facilmente passamos mais de 20 horas em Red Wings: Aces of the Sky.

Como nome indica, apesar de termos acesso a duas campanhas, o principal foco do jogo é o conhecido herói Barão Vermelho, Manfred Von Richtofen, que era o terror dos céus por toda a Europa. A apresentação do jogo apesar de ser em estilo cartoon, consegue realmente colocar o jogador no clima da época, com vozes através de gramofones e uma excelente banda sonora. Para quem se interessa por estes temas bélicos o jogo conta com vários aviões e pormenores como frases retiradas de soldados que lutaram realmente contra o barão que ajudam a compor a apresentação fantástica do jogo.

Como já referi o foco do jogo são os combates aéreos e uma das poucas críticas que posso fazer ao jogo é que muitas das missões se resumem em eliminar hondas de inimigos. Apesar disso, o jogo consegue introduzir aos poucos pequenas diferenças nesta fórmula, mas como todos os mapas do jogo são realmente pequenos não contém com as normais missões de ir para x e derrotar n inimigos e depois ir para y e bombardiar algo. Aqui os inimigos aparecem do nada perto do jogador, o que pode irritar alguns jogadores. Um dos principais objectivos do jogo, mesmo quando não está explícito, é eliminar os balões inimigos já que são eles que pedem reforços adicionais, o que dificulta ainda mais a missão.

Apesar de acessível, o jogo dificulta em muito obter mais do que 3 estrelas nas missões, já que para o conseguir é preciso aumentar muito o multiplicador de combo, algo que é complicado de fazer sem melhorar os aviões para por exemplo não perdermos a visibilidade ao passar por uma núvem. Mas como conseguir mais do que uma estrela é difícil, então também comprar estas melhorias não é fácil. Felizmente podemos utilizar estas núvens em nossa vantagem também, procurando refúgio aí sempre que estivermos a ser atingidos. Se isso não funcionar podemos utilizar uma das quatro habilidades do jogo que nos permitem rodar e ficar invulneráveis, o que é muito útil para abordar grupos de inimigos em colisão, uma inversão de 180º, um pedido de auxilio que lança uma ou mais unidades contra um inimigo e por fim um finalizador que permite acabar com um inimigo quase morto e que podemos utilizar uma ou duas vezes por missão já que demora muito tempo a carregar.

O jogo conta ainda com outros modos de jogo como o modo de sobrevivência que prolongam a vida do jogo, mas que não variam muito da fórmula que aqui apresentei. Se são fãs do género não irão encontrar muito melhor do que Red Wings: Aces of the Sky, no entanto não esperem encontrar qualquer tipo de coisa que se assemelhe a realismo.

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