Análise: Jump King

Existem jogos sobre os quais é realmente difícil escrever artigos. Ao contrário do que podem pensar não são aqueles jogos cheios de pormenores ou com um conceito complicado, mas sim aqueles que são tão simples que se conseguem descrever em três ou quatro linhas. Os jogos complexos são fáceis, podemos escrever e escrever e dar a nossa opinião sobre todas as decisões feitas pelos seus criadores. Seja falar sobre a história, os sistemas da jogabilidade ou os detalhes visuais, é sempre fácil encontrar sobre o que falar. Os jogos realmente maus são ainda mais fáceis já que quando achamos um jogo muito mau é porque encontrámos uma série de problemas para falar mal. Jump King é um destes jogos muito dificeis, não porque o jogo é mau, mas porque não tenho muito para falar sobre ele e por isso é que ocupei 142 palavras a falar sobre isto até aqui.

Jump King faz parte de um género derivado dos platformers e que se tem tornado mais popular recentemente. Basicamente tem-se tornado popular desde que os criadores perceberam com Dark Souls que havia uma série de jogadores que são masoquistas. Basicamente este tipo de jogos caracteriza-se por tentar de tudo para enervar o jogador. Existe ainda um pequeno grupo de jogos deste género que consegue enervar o jogador de uma forma realmente frustrante ao a qualquer momento e por um erro mínimo o jogador tenha de começar tudo de novo.

O objectivo do jogo é chegar ao topo de uma árvore. O jogo diz que no topo da árvore está uma gata incrível. Como este jogo não foi feito para mim não cheguei a saber exatamente se gata é uma mulher bonita ou realmente uma gata felpuda. A jogabilidade do jogo é realmente simples já que apenas podemos mover a personagem para esquerda, direita e saltar. Isto resume a jogabilidade a três teclas. Para subir na árvore temos que usar pequenas plataformas que podiam ser muito fáceis de subir se o jogo não elimina-se a possibilidade de ajustar a posição da personagem no salto como um qualquer platformer.

Aquilo que distingue Jump King de um jogo de plataformas tradicionais é o facto de temos de calcular a força do salto antes de saltar e não podemos fazer qualquer ajuste depois disso. Todo o jogo também está todo interligado, não existido sequer níveis ou checkpoints. Basicamente olhamos para onde queremos ir, carregamos no lado correspondente e carregamos na tecla de salto até acharmos que temos impulso suficiente e largamos a tecla. Se não largarmos, a personagem salta assim que atingir o máximo de impulso. Aquilo que complica ainda mais isto é que se a personagem bater contra algo com a cabeça perde qualquer impulso e desce. Podemos usar isto com as paredes e plataformas para fazer algum ressalto, no entanto é mais comum isto complicar mais do que ajudar.

Um salto falhado pode não causar grandes problemas, mas também pode causar a personagem cair até ao início do jogo. É isto que torna o jogo tão frustrante. Mais do que ir morrendo e demorar uma tarde para derrotar um boss, aquilo que é mais frustrante num jogo é perder progresso e aqui isso é mais comum. Obviamente com a repetição vamos decorando como fazer um salto e optimizando a rota. É bem mais simples encontrar forma de usar o impulso máximo do que guardar memória muscular de todos os saltos do jogo. Infelizmente isto faz com que o jogo não seja para mim e não tenha conseguido avançar mais do que algumas zonas. Acredito que exista um publico alvo para Jump King, mas se são jogadores que se irritam facilmente talvez seja melhor procurar outro jogo.

Share this post

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ComboCaster