No Straight Roads encarrega-se de alistar os jogadores na mais nobre das causas, salvar o Rock. Se são fãs de música e já jogaram Brütal Legend do início ao fim mil e uma vezes e estão à procura da próxima aventura sobre música, No Straight Roads é sem dúvida alguma o jogo que vos aconselho. Parte aventura parte jogo rítmico, No Straight Roads é simplesmente impressionante, tanto em jogabilidade como na sua apresentação e apesar de não ser o jogo mais estável tecnicamente, tem muito para oferecer.
Em No Straight Roads jogamos como Mayday e Zuke, um duo que formou a banda underground Bunkbed Junction para participar numa espécie de concurso de talentos ao estilo The Voice. Aparentemente é o poder da música que dá energia a Vinyl City, uma cidade onde o Rock dominou à muitos anos, mas agora é dominada pelo EDM. A música é convertida em energia e controlada por uma organização chamada NSR, ou No Straight Roads. A história começa com o concurso e a decessão de terem sido rejeitados pelos juízes. Além de desmotivados as nossas personagens assistem a uma quebra de energia que revela que apenas os mais poderosos da NSR têm acesso a energia de reserva, o que junta a revolta à desilusão e dá origem à história do jogo.
Cada músico da NSR domina o seu próprio distrito de Vinyl City e o jogador tem de combater cada um deles. Estes confrontos musicas são o foco do jogo, numa espécie de batalhas contra bosses sucessivas que vão-se tornando mais incriveis à medida que avançamos no jogo. O combate em si é uma mistura de hack’n’slash e jogo rítmico já que é o ritmo que basicamente dita os ataques dos adversários. Ao contrário de jogos do género onde temos de aprender os padrões dos inimigos por dicas visuais, aqui o importante é ouvir, já que conseguimos ter todas as dicas necessárias através do som do jogo.
Importante para o combate é também o facto de podermos trocar de personagem em tempo real, o que nos ajuda a gerir a saúde de cada uma mas também de forma a tirar partido do estilo de jogo de cada uma. Na banda Mayday é a guitarrista e Zuke é o baterista e isso tem impacto na sua forma de combate. Mayday inflige mais dano e não tem um limite no ataque mas é também mais lenta e os seus ataques obrigam a mais risco já que não são fáceis de cancelar, enquanto que Zuke é mais rápido, favorecendo as combinações mas infligindo menos dano. As duas personagens têm vantagens e desvantagens mas ambas são fáceis de utilizar, além disso iremos andar a trocar uma pela outra constantemente durante o jogo.
Cada combate do jogo é baseado num género musical e ter uma boa sensação de ritmo ajuda no aspeto defensivo do jogo. Não é essencial ser perfeito no ritmo já que o jogo nos dá alguma margem de erro e não nos castiga demasiado quando falhamos. Além disso no que toca ao ataque o jogo não tem propriamente grande profundidade e martelar os botões de ataque é eficaz o suficiente para ir avançando. Aquilo que mais gostei nos combate é a forma como o som é realmente uma batalha de géneros e à medida que vamos ganhando terreno contra o adversário conseguimos ouvir a bateria e guitarra das nossas personagens a serem cada vez mais predominantes do som.