Análise: Raji: An Ancient Epic

Raji: An Ancient Epic é um jogo de plataformas e ação baseado na mitologia Hindu e particularmente graças a essa fonte de inspiração é um jogo bastante interessante e refrescante. Ao contrário de muitos jogos indie em arte pixel, Raji: An Ancient Epic opta por visuais modernos e no geral é um jogo realmente belo. Raji: An Ancient Epic tem um começo promissor com uma animação muito boa em 2D que nos introduz a Raji, uma jovem, e o seu irmão Golu. Através de narração ficamos a conhecer a sua mãe e deusa guerreira, Durga e elas conta-nos como Raji usou as suas habilidades acrobáticas para entreter uma multidão num dia de festa enquanto o seu irmão apresentava um show de marionetes. Tudo corria bem até serem interrompidos por demónios que sequestraram Golu e as outras crianças e deixa Raji inconsciente. Ela acorda numa nova área desconhecida perto do pé de uma caverna em que a entrada parece um gato grande. Lá dentro ela descobre um templo com piso pintado e uma estátua gigantesca de Durga e depois de fazer uma prece, a deusa aparece a Raji que a embala nas mãos, oferecendo palavras de encorajamento antes de lhe legar o Trishul, uma arma em forma de bastão.

É com esta oferenda que a jornada de Raji para localizar seu irmão realmente começa e a leva por terraços recheados de flores, praças amplas onde o sol ilumnina tudo e até um reino celestial. Os ambientes do jogo são o seu principal ponto forte, graças às cores fortes capazes de nos colar ao ecrã. Raji ao longo de sua jornada, frequentemente encontra retratos de deuses hindus pintados em várias superfícies e ao ir até eles e pressionando um botão, Vishnu dará uma breve explicação da cena representada. A mitologia Hindu já fez parte de alguns jogos, desde Tomb Raider até Uncharted, mas Raji: An Ancient Epic faz um excelente trabalho em introduzir esta cultura aos jogadores ocidentais que têm ainda muito para conhecer.

À medida que avançamos na aventura, Raji adquire outras armas como um arco, uma espada e um escudo. Podemos equipar diferentes modificadores que adicionam uma variedade de ataques elementais, mas para a primeira parte do jogo, temos apenas o Trishul e o arco. O Trishul é melhor usado contra inimigos em espaços apertados, enquanto que o arco é eficaz para enfrentar inimigos à distância. No início é relativamente facil enfrentar tudo o que mexe, no entanto com o número adicional de inimigos nas seções posteriores começamos a confiar mais e mais nos movimentos de parkour de Raji. O combate em si é um pouco repetitivo e demasiado básico no género hack-and-slash para poder sequer elevar o género. Os combates contra bosses também são muito simples e nenhum deles é memorável ou épico.

As seções de plataforma também são muito simples, além disso, Raji pode dar os saltos e corridas usuais, mas em alguns casos senti alguma arbitrariedade nos controlos e nas secções de plataformas no geral. Existem também alguns problemas de animação em que a nossa personagem fica presa no ar, mas nenhum dos bugs me impediu de continuar a jogar ou se tornou um entrave que me tenha levado a sentir frustrado sequer. Raji: An Ancient Epic por parecer ligeiramente melhor do que o que é realmente, mas não deixa de ser um jogo interessante, apenas não é tão divertido como deveria ser.

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