Dandy Ace é um roguelite isométrico com alguns pormenores interessantes dentro do género. Os jogadores assumem o papel de Dandy Ace, um famoso mágico que foi preso pelo colega de profissão Lele. A história é alegre e a jogabilidade suave, o que juntamente aos visuais coloridos fazem de Dandy Ace um jogo bastante apelativo. Quem segue o ComboCaster sabe que roguelites são um dos meus géneros prediletos e gastei horas e horas durante os meus anos da universidade em jogos como The Binding of Isaac e Dandy Ace não decepciona dentro do género, conseguindo permanecer divertido e envolvente nas obrigatórias repetições que marcam o género.
Lele, invejava a fama e glória de Dandy Ace e num ataque de relatiação, ele dá sua alma a um espelho mágic, prendendo Ace e os seus assistentes num mundo desconhecido e para onde envia hordas de inimigos para atacar Ace e impedi-lo de escapar. Naturalmente, a única maneira de escapar dessa prisão é derrotar o vilão. Ao longo do jogo, Lele provoca Ace e fornece comentários dinâmicos sobre as ações do jogador e o mundo que o rodeia. Este tipo diálogo foi um dos aspetos que gostei mais no jogo dá-nos uma visão sobre o vilão que não temos normalmente, além de dar vida ao jogo. A abordagem de Dandy Ace ao combate é também inovador, girando em torno de cartas mágicas do deck de Ace. Estas cartas vêm em três cores, cada uma com suas funções principais e que variam entre as azuis que fornecem habilidades que melhoram a mobilidade, as cartas amarelas fornecem habilidades defensivas e os cartões rosa garantem o ataque.
Em qualquer ponto, o jogador pode equipar e usar e 8 cartas simultaneamente, com quatro dessas cartas a serem equipadas em slots principais e são a fonte das habilidades usadas e as outras colocados em slots que melhoram a eficácia das cartas principais. Todas as cartas podem ser movidas à vontade, permitindo alguns combos agradáveis e satisfatórios. Em termos de progressão, Dandy Ace faz tudo o que precisa para manter os jogadores envolvidos. À medida que derrotamos inimigos eles deixar cair fragmentos, que podem ser investidos na tenda de Jolly Jolly em várias melhorias permanentes. Esta é a melhor forma de deixar a jogabilidade de um roguelite fresca, já que não é um género que nos possa envolver com uma história elaborada ou um design de nível feito à mão ou uma progressão linear, por isso é que este tipo de melhorias são importantes para nos dar algo que realmente é persistente.
O áudio adapta-se à jogabilidade atual muito bem e quando adicionamos os diálogos de Lele o jogo apresenta uma componente audio realmente interessante. No que toca ao visual, Dandy Ace apresenta um estilo de arte também bastante único, muito colorido e vibrante, o que é praticamente o oposto do que o género normalmente oferece. Em cada nível, os inimigos e ambientes encaixam-se num tema único, o que ajuda a dar diversidade ao jogo. A quantidade de cor e flashes coloridos pode no entanto ser problemático para alguns jogadores, por isso vejam algum video do jogo antes já que este é um daqueles jogos que pode efetivamente sofrer pela sua direção artística.
Dandy Ace está disponível na Steam ainda apenas como demo e daquilo que pude experimentar, está encaminhado para ser um excelente exemplo do género. Aquilo que oferece é refrescante, mas não revolucionário e aqueles que conhecem o género mas não gostam, não será com Dandy Ace que vão mudar de opinião.