Antevisão: Valheim

Valheim é sem dúvida o jogo do momento. É um daqueles jogos que ocasionalmente aparece sem qualquer hype e por uma qualquer razão explode e se torna um fenómeno. Aconteceu com Minecraft e Among Us por exemplo e enquanto que Minecraft aproveitou todo o fenómeno para chegar onde chegou, Among Us por exemplo parece ter ficado parado. Muitos jogos poderiam chegar onde Valheim e a maioria não chega por simples falta de sorte, mas Valheim teve a sorte e o mérito de ser acolhido pelos jogadores e tem agora tudo para crescer e tornar-se melhor e maior até ao lançamento final. Neste momento Valheim encontra-se ainda em Acesso Antecipado na Steam mas além de perfeitamente jogável, está num estado bastante avançado e invejável quando comparado com muitos dos jogos Early Access que já experimentei. Mas o que é exatamente Valheim?

À primeira vista pode ser um pouco estranho perceber porque razão Valheim se tornou tão popular do dia para a noite. Valheim tem um aspeto bastante old school e uma curva de aprendizagem acentuada, mas outro lado é um sandbox de sobrevivência, género esse que neste momento está felizmente na lista dos mais vendidos da Steam e Valheim consegue ser um dos melhores que o género tem para oferecer. Aquilo que Valheim faz realmente bem é deitar fora a maioria dos sistemas destes jogos que o fazem parecer mais um trabalho do que um jogo e isso eleva-o por si só, mas também ajuda que todos os restantes sistemas são ótimos e o facto de o jogo ser enorme e com tanto para fazer e explorar também.

Como em qualquer jogo de sobrevivencia começamos apenas meio vestidos com uma túnica de couro. Este género não costuma dar-nos grande informação de como jogar e o que fazer e Valheim não é excepção. Nada que uma pequena pesquisa na Steam não resolva, mas dado que simplesmente sobreviver aqui não é muito complicado, podemos continuar à nossa velocidade e aprendendo à medida que avançamos e erramos. O início além de acessível, tem uma boa dose de lore que nos ajuda a perceber o mundo de Valheim e o objetivo final do jogo. Mas não há pressa nenhuma e podemos focar-nos apenas em sobreviver. Aqui estamos num mundo cheio de monumentos estranhos, javalis, veados e monstros. Para sobreviver precisamos de criar ferramentas, roupas, armas, um abrigo e aprender a caçar. O combate é simples mas convém dominar a defesa e esquivo antes de avançar para os bosses que nos levarão a Valhala. Se morrerem irão renascer como seria de esperar, mas tal como num souls vaã precisar de voltar ao local da morte para recuperar os vossos itens. Apenas atender às necessidades básicas leva algum tempo mas não tanto como na maioria dos jogos do género. Também não há missões, mas se prestarem atenção ao corvo que vai aparecendo no jogo irão perceber que o objetivo é derrotar uma série de criaturas místicas espalhadas pelo mundo do jogo.

Depois de estarmos alimentados e abastecidos de alguns materiais podemos começar a preocupar-nos com criar um abrigo. Uma cama e uma fogueira tornam possível ter um spawn point e cozinhar e daí podemos tentar melhorar os nossos itens. As estatísticas da personagem vão evoluindo simplesmente jogando, não existindo um nível geral e pontos de atributo para atribuir. Ataquem muitas criaturas com arco e flecha e a vossa habilidade de arqueiro irá subir, corram e a habilidade de corrida melhora e por aí fora. À medida que melhoramos no jogo e dominamos a criação de armas e armaduras, podenis tentar enfrentar os grandes monstros em Valheim, The Forsaken.

Estas criaturas devem ser convocados usando recursos que recolhemos no mundo e se os conseguirmos derrotar, obtemos novos recursos para criar novos itens e acesso a poderes especiais. O primeiro, ou pelo menos o mais próximo, é um veado gigante que pode atirar raios com seus chifres, mas matá-lo dá-nos os ingredientes para fabricar uma picareta, essencial para extrair minérios. Este elemento do jogo dá a Valheim um pouco mais de estrutura do que na maioria da concorrência, onde o jogo dá-no um mundo e ficamos um pouco perdidos no objetivo de tudo. Aqui não temos pressa, podemos jogar à nossa maneira, mas há um percurso a seguir quando estivermos preparados. Além de casas e fortes, Valheim também permite que o jogador construa barcos, começando com jangadas até finalmente os barcos vikings. Isso permite que se explore ainda mais e encontre mais recursos, embora viajar não seja isento de perigos. Existem apenas três embarcações marítimas para construir mas se há algo que irá certamente acontecer no futuro é primeiro que o jogo fique maior e mais polido e segundo que tenha mais conteúdo e certamente um deles será a quantidade de barcos.

Uma das coisas que tornou o jogo tão popular foi a capacidade de jogar com até nove amigos, e podemos juntar-nos aos servidores de amigos facilmente para ver os acampamentos e ajudá-los com os The Forsaken mais complicados. Aquilo que também acontece com facilidade é uma inveja gigante quando entramos em servidores de alguns amigos e vemos verdadeiras cidades construídas e nós com uma pequena cabana e uma cama no meio de um descampado. Mas isto apenas reforça a ideia de que não há pressa a jogar Valheim. Sejam vocês o tipo de jogador que gastou um dia a procurar os itens essenciais para derrotar um veado lançador de raios, ou um jogador que está à uma semana a construir uma base de operações digna da Guerra dos Tronos ou simplesmente a armazenar madeira, há espaço em Valheim para todos.

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