Análise: Nanotale – Typing Chronicles

Nanotale – Typing Chronicles é um RPG de digitação, ou seja, onde o combate em vez de implicar selecionar um inimigo e uma habilidade ou carregar num botão para atacar, implica escrever o nome do inimigo que queremos atacar. O jogador controla Rosalind, uma arquivista, enquanto ela viaja para explorar um mundo distante. Como arquivista o objectivo de Rosalind é essencialmente recolher conhecimento para a sua ordem, mas há formas do mal em jogo aqui.

O jogador vai ter de ir juntamento com Rosalind numa aventura até vários ambientes como a Floresta Ancestral ou o Deserto Azul, cada uma dessas áreas habituadas pelos habitantes locais. O mundo de Nanotale é realmente recheado de beleza com a natureza de cores brilhantes nesses diversos biomas. Também as criaturas que vagueiam neste mundo são boas criações com bom design mas igualmente perigosas. A história é fascinante, especialmente se tivermos atenção em conhecer os habitantes locais que nos contam as suas histórias e a história deste mundo.

Para quem está habituado a jogos do género pode ficar um pouco confuso com a jogabilidade de Nanotale, mas a realidade é que é realmente divertido. Mesmo sem falar do combate, a ideia de recolher informações sobre tudo o que é possível e simplesmente explorar é uma experiência bastante gratificante. O jogo conta ainda com alguns puzzles básicos, mas também divertidos. A atmosfera do jogo está também muito bem conseguida e as melhorias que podemos fazer são fáceis de perceber e no geral todo o jogo é bastante intuítivo.

A jogabilidade do combate de Nanotale é interessante. É um jogo com uma jogabilidade rara que mistura digitação com combate e exploração. Sempre que queremos interagir com algo, vemos uma palavra aparecer acima dela. Por exemplo, em combate, cada inimigo tem a sua própria palavra. Para causar dano ao inimigo temos de escrever a palavra. À medida que vamos tendo inimigos mais fortes e mais inimigos no cenário tudo isto se torna mais complicado e Nanotale consegue ser realmente desafiante. Talvez o melhor uso deste sistema seja o uso de magia. Ao longo do jogo podemos desbloquear diferentes tipos de magia e diferentes modificadores para mudar a forma como o feitiço atua. Para usar feitiços e modificadores, temos de escrever a magia que queremos usar e depois digitar o destino.

Nem tudo é bom no jogo e existem alguns problemas técnicos como tempos de carregamento demasiado altos e alguns bugs. Mas no geral a experiência é realmente boa e se a jogabilidade é refrescante, Nanotale também apresenta uma arte de conto de fadas, com modelos de personagens simples mas muito toque artístico nas texturas. Também a música consegue empolgar o jogador durante o combate. Infelizmente fora do combate não posso dizer que mantenha a mesma qualidade, limitando-se a algumas faixas atmosféricas que não são memoráveis.

Nanotale – Typing Chronicles é um RPG razoável mas que consegue ser uma das melhores experiências quando diminuímos a concorrência a jogos com uma jogabilidade semelhante. Existem ainda alguns bugs para eliminar e uma série de melhorias de performance que deveriam vir em forma de patches, mas no geral é um jogo realmente interessante se formos com as expectativas certas.

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