Among Us tornou-se um verdadeiro fenómeno durante algum tempo. A simplicidade do conceito não é tão original como alguns podem acreditar, sendo muito semelhante a um jogo de detetives de homicídio bastante tradicional. First Class Trouble irá sem dúvida ser comparado a Among Us, mesmo que nada tenha de semelhante visualmente, mas o principal exemplo no mundo dos videojogos em termos de jogabilidade é esse pequeno jogo indie. First Class Trouble é no entanto mais ambicioso e promete ser algo muito mais interessante. Promete é a palavra certa no entanto, já que o jogo ainda se encontra em acesso antecipado.
Os jogadores estão a bordo da ISS Alithea, uma nave de luxo que está sob ataque. A IA que comanda o navio está a tentar tomar o controlo e utiliza os Personoids que estão a bordo para eliminar residentes e desfazer-se dos corpos. Os Personoids são androides que parecem humanos e o objetivos dos residentes é desligar a IA CAIN. Pela nave estão várias áreas e níveis cheios de obstáculos. Tal como em Among Us temos objetivos para cumprir, mas First Class Trouble vai um passo mais à frente e coloca-nos numa nave que também parece nos querer matar, mas o processo é muito semelhante, com várias rondas onde os jogadores votam quem eles pensam ser um androide.
Se tiverem a sorte de ser um Personoid, pelo menos eu acho que é sorte já que o jogo se torna bem mais divertido, o vosso objetivo é assassinar os residentes sem serem descobertos. A missão final é garantir que CAIN permaneça ativa. Existem muitas maneiras de assassinar diretamente ou indiretamente os residentes. Quem jogou Among Us irá reconhecer algumas formas de assassinar indiretamente os residentes, como acabar com o fornecimento de oxigénio. Diretamente é mais rápido e simples, mas não há muito para falar, já que podem simplesmente pegar num copo e esmagá-lo na cabeça de um residente. É uma forma mais rápida de acabar com o oxigénio de um residente de cada vez.
Tal como Among Us, First Class Trouble é muito mais divertido quando jogamos com um bom grupo de amigos. Ser “falso” para um desconhecido é fácil, mas num grupo com o Discord aberto é sem dúvida mais interessante. Por mais sombrio que possa parecer, há um grande nível de diversão para ambos os lados, sejam residentes ou robôs assassinos. O ambiente dentro do jogo é bastante divertido e a estética do jogo ajuda. Não vejo First Class Trouble como um jogo que alguém irá jogar todos os dias como um Overwatch ou League of Legends mas garanto que é um jogo fantástico para ter em rotação para jogar ocasionalmente.
Visualmente First Class Trouble baseia-se no luxo art-déco dos anos 20 , com brilhantes luzes de néon e grandes janelas preenchidas com uma visão infinita do espaço. Há algum retro-futurismo também presente e apesar do aspeto retro do jogo nunca nos vamos esquecer que estamos numa nave espacial. Quanto à nossa personagem, podemos escolher um avatar masculino ou feminino com personalização básica e roupas e acessórios baseados no mesmo estilo. O audio é também muito bom, com som ambiente eletrónico mas mais importante é a presente de um chat audio. Algo interessante mas que seria de esperar é que o audio dos outros jogadores é baseado na distância a que estamos deles, o que favorece a proximidade mas aumenta o risco de estarmos próximos de robô assassino.
Neste momento First Class Trouble está ainda em acesso antecipado e há algumas falhas, no entanto não há nada de muito grave e que prejudique muito o jogo. First Class Trouble é um jogo realmente divertido que facilmente recomendo, especialmente se jogaram de Among Us e gostaram.