Análise: Backworlds

Backworlds é um jogo de puzzles lançado à relativamente pouco tempo na Steam e que chega agora à Nintendo Switch. Sem qualquer história o jogo lança o jogador nos seus puzzles de plataformas multidimensionais mal este inicia o jogo. Os jogadores assumem o controlo de uma criatura sem nome e exploram quatro mundos distintos. O jogo é construído à volta do conceito de duas dimensões em camadas uma sobre a outra, um conceito que vimos antes,. mas que este tenta mostrar de forma diferente colocando um twist diferente na mecânica de mudança de dimensão, já que aqui os jogadores têm a capacidade de pintar a nova dimensão sobre a antiga e também apagar o que pintaram .

O jogo tem como palco um enorme mundo que pode ser explorado livremente. Consiste em ecrãs separados, com cada um funcionando como puzzles isolado. A maioria destes ecrãs tem várias saídas e como temos liberdade podemos progredir de forma não linear no jogo. Espalhadas pelos quatro mundos, existem manchas de tinta que podemos recolher e ao recolher um determinado número desbloqueamos batalhas contra bosses, sendo o objetivo final do jogo derrotar todos os bosses do jogo.

Obviamente nada disso é fácil e primeiro que tudo temos que resolver uma boa quantidade de puzzles e não são fáceis. Mas é o design dos puzzles também onde Backworlds brilha mais, com alguns puzzles bastante criativos. Temos coisas como teletransportadores e mudanças de gravidade e além da inteligência, temos que ser mais do que tudo criativos nas nossas soluções. Infelizmente o conceito do jogo acaba por ser um desperdício graças à pobre jogabilidade, essencialmente na Switch que foi a versão que joguei.

Quando jogamos com a Switch em modo “portátil”, Backworlds nem se comporta muito mal, recorrendo ao ecrã táctil para pintar por exemplo. No entanto quando jogamos na TV temos de recorrer aos analógicos e combinações de botões que tornam tudo demasiado confuso e pouco intuitivo. Essas frustrações são ampliadas durante as batalhas contra bosses, que muitas vezes requerem uma série de entradas mais complexas para realizar as ações necessárias. Apenas posso imaginar como será jogar Backworlds no PC, mas sinceramente acredito que seja um jogo muito melhor, principalmente porque jogar com um rato tornaria tudo melhor.

Backworlds parece ser um jogo realmente bom, mas na Nintendo Switch não o posso recomendar. Gostei do conceito, mas não gostei de o jogar, sendo tudo demasiado frustrante sempre que o jogo requeria mais de mim.

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