Antevisão: Glitchpunk

Apesar de GTA ter explodido de popularidade no lançamento de GTA3, ainda existem muitos jogadores que olham de forma nostálgica para o primeiro e segundo jogos da série. A câmara é icónica e os elementos da ação já eram essencialmente os mesmos. Muitos elementos que são standard da série já marcavam presença e o sistema de equilíbrio das gangues era bastante único na época. Glitchpunk é um jogo de ação com vista topdown com uma estética cyberpunk recheada de neon. Glitchpunk está a ser desenvolvido pelo estúdio Dark Lord e é publicado pela Daedalic Entertainment, encontrando-se neste momento ainda em Acesso Antecipado na Steam.

Aqui, somos um caçador de recompensas android e temos de aceitar contratos de dinheiro ou melhorias, sem grande história envolvida, pelo menos por agora. Iremos interagir com várias gangues diferentes com as suas próprias histórias e linhas de missão. A forma como abordamos as missões irá definir o final que veremos ao terminar o jogo. Neste momento muito disto faz parte daquilo que a equipa de desenvolvimento está a prometer e ou não está no jogo ou está de forma muito limitada. Ainda temos apenas acesso a uma cidade, das três planeadas e nem sequer uma gravação automática está implementada.

Glitchpunk está jogável, mas está de tal forma partido tecnicamente que não o posso recomendar a todos os jogadores, apenas aqueles que estiverem realmente interessados em apoiar o seu desenvolvimento neste momento. Mas há muita coisa que já está presente e muito bem feita. A apresentação de Glitchpunk por exemplo é incrível. A combinação de sprites 2D com ambientes 3D dá ao jogo uma aparência distinta e um verdadeiro tributo aos primeiros GTA. O trabalho de iluminação e texturas é essencial para criar a excelente atmosfera aqui presente também. Não é ainda um mapa grande, mas não precisa ser neste momento, já que está já recheada de lojas que nos permitem experimentar todos os sistemas do jogo. Continuando na apresentação, também o som é muito bom, misturando musica electronica com bons sons ambientes que fazem a cidade ganhar vida. As rádios, que são um dos pontos mais distintos de GTA, também estão presentes, mas longe de ter a mesma qualidade.

Em termos de mecânicas, Glitchpunk é um jogo de ação topdown bastante padrão. Há uma infinidade de armas e todas elas são boas. A condução demora um pouco a dominar, mas não é propriamente má. À medida que vamos avançando no jogo podemos obter novos módulos para equipar na nossa personagem que podem melhorar as suas estatísticas e conceder novas habilidades. Mas o principal problema de Glitchpunk não é o pouco que faz realmente bem neste momento, é o muito que faz mal. Embora o Glitchpunk tenha muito a seu favor, é constantemente prejudicado por uma miríade de problemas de desempenho. Por exemplo, ocasionalmente o jogo fica simplesmente lento e é necessário reiniciar o jogo para resolver o problema.

Eu acredito que os problema que Glitchpunk possam ser todos resolvidos até ao lançamento final e acreditem que se isso acontecer, Glitchpunk pode tornar-se um jogo muito bom, especialmente se o comparar-mos com outros do género ou da mesma temática.

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