Análise: Effie

A Nintendo Switch tem um catálogo invejável. Pode não contar com os mais recentes AAA do mercado, mas tanto os lançamentos da própria Nintendo como os jogos indie lá presentes fazem da consola da Nintendo quase obrigatória para todos os jogadores. Tal como a Steam também tem muito lixo, infelizmente. Felizmente Effie é uma pequena aventura bastante agradável.

Effie é sobretudo um jogo que procura oferecer uma experiência semelhante ao melhor que já jogámos dos jogos de plataformas de ação. O jogo coloca o jogador na pele de um jovem chamado Galand, que envelhece por causa de uma bruxa malvada. Para desfazer a maldição, ele deve libertar três joias e derrotar a própria bruxa. N#ao h]a muito em termos de criatividade na premissa para dizer a verdade, o aspeto mais marcante e original do jogo é que tudo se passa na forma numa história contada por Galand à personagem que dá nome ao jogo, uma jovem chamada Effie. Este estilo de narrativa tem influência na jogabilidade, já que Galand está constantemente a contar tudo o que acontece a Effie. É também o aspeto do jogo responsável pelo humor do jogo, com a Galand a encontrar desculpas para tudo o que acontece de mau no jogo.

A jogabilidade é exatamente o que nos habituámos dentro do género, com alguns elementos mais próprios como o escudo mágico chamado Runestone. Esta é a única arma que Galand tem, mas isso está longe de ser um problema. Este escudo tem uma variedade de usos e à medida que avançamos no jogo, iremos aceder a habilidades especiais. Algumas destas habilidade ajudam na nossa aventura enquanto que outras estão somente focadas no combate. O combate em si é razoável. Não há aqui nada realmente de extraordinário. Isso acaba por ser algo que marca todo o jogo. Tudo é bom, mas nada vai mais além do que isso. No início do jogo temos um ataque leve e pesado com o escudo e podemos bloquear os ataques dos inimigos.

Bloquear com o escudo não funciona da maneira tradicional a que estamos habituados, mas cria uma cúpula de magia ao redor do corpo de Galand que o protege de danos, mas sempre que este é atingido gasta energia. Galand fica imóvel enquanto estiver com o escudo. Felizmente derrotar os inimigos com o escudo é satisfatório, mas o combate em si não é muito divertido e não tem muita profundidade. Além disso o jogo também não é muito desafiante, já que temos sempre energia e as habilidades especiais no geral apenas nos tornam mais poderosos, nunca sendo necessário grande estratégia para avançar. Os inimigos também não são particularmente variados e ainda nem a meio do jogo chegámos e já conhecemos os inimigos todos que iremos enfrentar.

Felizmente o combate é apenas uma vertente do jogo e o aspecto mais forte da jogabilidade é nas plataformas. Não é fenomenal, novamente, mas é bastante bom. Os controlos aqui são responsivos o suficiente e as zonas bastante desafiadoras sem serem frustrantes. Além disso, Effie também oferece alguns puzzles que são na maior parte, incrivelmente fáceis, mas divertidos e alguns realmente criativos. Outro aspeto onde o jogo se destaca é nos seus ambientes. As cidades para onde Galand deve viajar são enigmáticas e cada uma tem como tema uma característica singular, como moinhos de vento ou madeira serrada. Os ambientes de cada cidade são detalhados, cheios de pequenos toques que fazem as cidades parecerem lugares reais.

É realmente pena que muitos aspetos de Effie não sejam melhores. Não há nada aqui de realmente mau, mas é pena que o combate não acompanhe a qualidade dos ambientes do jogo por exemplo, ou que a variedade de inimigos não seja um pouco maior. O jogo é também um pouco curto, o que faz com que algumas das criticas sejam ainda mais graves. Mas isto não quer dizer que não exista aqui qualidade e se jogarem Effie vão divertir-se, apenas tenham o cuidado de comprar o jogo numa promoção.

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