Sempre que um jogo dentro do género party game é lançado não me canso de falar de Overcooked. Overcooked é talvez o melhor exemplo do que um jogo do género pode e deve ser. Muitos jogos tentam copiar aquilo que Overcooked fez bem, alguns com melhores resultados que outros, mas Witchtastic tenta de tal forma copiar que não conseguimos perceber porque não jogamos simplesmente Overcooked. O objetivo do jogo é reunir ingredientes e preparar poções para obter uma pontuação alta o suficiente para avançar para o próximo nível. Conforme avançamos, as receitas de poções ficam mais complexas e os ingredientes de que precisamos tornam-se mais difíceis de recolher.
Com o tempo vamos jogar níveis com mais obstáculos e inimigos como lobisomens e fantasmas. Os inimigos podem atordoar o jogador e tornar os mapas já apertados mais difíceis de navegar. O modo multijogador está condenado ao fracasso pela falta de jogadores. Overcooked conseguiu o sucesso suficiente para não ter este problema e é realmente pena porque jogar com outros jogadores é o que estava em mente para o design de Witchtastic, apesar de ter uma campanha solo.
Jogar a solo, que é essencialmente o que nos resta, não é uma experiência muito agradável. Mesmo a mais básica das poções obriga-nos a muitos passos que não são divertidos de jogar a solo. São demasiados passos que nos obrigam a muitas ações e andar pelo mapa todo. Depois de ter todos os ingredientes temos de esperar que a poção fique pronta, engarrafá-la e entregá-la a uma coruja e passar para a próxima. As poções mais complicadas exigem também que o jogador espere que os ingredientes cresçam, o que não é um desafio divertido.
A nível técnico o jogo também não é muito bom. Visualmente não parece melhor do que um qualquer port de um jogo mobile e a jogabilidade e controlos não são muito melhores. O movimento é demasiado deslizante por exemplo e para um jogo onde é preciso alguma precisão, isto acaba por prejudicar ainda mais um jogo onde os sistemas não são muito divertidos.