Análise: Angry Alligator

A Nintendo Switch recebe a sua dose de jogos desconhecidos e Angry Alligator é simplesmente perfeito para a consola da Nintendo. É um jogo muito simples onde controlamos um crocodilo que essencialmente tem de comer e atacar tudo o que encontra. Não existe uma história para seguir nem nada que se pareça, sendo essencialmente um sandbox onde o jogador controla um crocodilo e pode fazer o que bem lhe apetecer. As recompensas são imediatas e são muitas para fazer de tudo, mas essencialmente subir de nível.

Se são do tipo de jogador que gosta de nivelar o máximo que podem para depois dominar o jogo facilmente então Angry Alligador oferece exatamente isso. Sempre que o jogador come um animal ganha XP. A cada dez níveis, o crocodilo evolui para um predador mais forte, capaz de correr mais rápido e durante mais tempo. Também não é muito difícil atacar outros animais dada a sua abundância. Logo para começar temos muitas tartarugas e sapos e nenhum oferece grande desafio. Subir de nível funciona como uma espécie de efeito Katamari já que quanto mais fortes fomos mais coisas conseguimos destruir e ir assim mais longe.

Espalhados pelo mapa, que podemos e devemos explorar, estão vários mini-jogos. A exploração é incentivada, encontramos animais mais difíceis que dão muito XP como os ursos, mas se não subimos de nível suficientemente iremos ter muitas dificuldades. Além de subir de nível existem muitas opções de personalização para testar e coleccionar.

Os mini-jogos trazem alguma importante variedade ao jogo. A realidade é que apenas comer e subir de nível podem ser suficientes no início, mas esse ciclo de jogabilidade acaba por se tornar saturante. Os mini-jogos são agradáveis para toda a família, mas cedo começamos a sentir necessidade de algo mais. Com o tempo Angry Alligator perde a força, e torna-se evidente que este é apenas um sandbox. O problema dos sandbox acaba por ser a falta de orientação. Depois de fazermos tudo o que achámos evidente o jogo remete-se a uma caça ao tesouro de alguns itens.

Em termos técnicos Angry Alligator tem um aspeto razoável para um jogo para a Nintendo Switch. Não existe nada que eu destaca-se como fantástico, mas tudo parece o que é e o jogo corre de forma suave. Não é uma maravilha técnica no entanto, especialmente porque temos de esperar uma eternidade para jogar. O tempo que demora a carregar o jogo dá para tirar um café e comer umas bolachas e numa era onde os SSD da PlayStation 5 nos habituaram mal Angry Alligator frustrou-me um pouco.

Angry Alligator é um jogo simples que é capaz de entreter um publico jovem durante algum tempo. A mentalidade sandbox do jogo acaba por o tornar até mais longo e os miúdos irão desculpar a falta de história por exemplo. A jogabilidade simples e a recompensa imediata também podem funcionar muito bem para esse público alvo. Para os restantes não vejo aqui muitos pontos de interesse.

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