Análise: DwarfHeim

DwarfHeim é um jogo de estratégia cooperativo onde os jogadores escolhem um papel e trabalham juntos para a vitória. Como jogo de estratégia irão encontrar muitas semelhanças com outros jogos do género, como StarCraft ou Red Alert, seguindo muitas das mesmas mecânicas de ideias que fizeram desses jogos um sucesso. A principal diferença aqui é o foco na cooperação entre jogadores.

Sem uma história propriamente dita, o jogo envolve essencialmente as partidas, não existem personagens muito profundas ou trabalhadas, mas para um jogo com um foco tão grande no multijogador é algo que podemos desculpar, mesmo que gostasse de ver algum pano de fundo em tudo isto, pelo menos algum lore. Algumas das personagens têm alguma personalidade dentro do jogo, mas ficamos sem saber nada sobre elas.

Como não existe um modo história propriamente dito não existe um modo que ensine aos jogadores novatos o jogo. Não é que DwarfHeim seja diferente de outros do género, pelo menos na sua jogabilidade, mas nem todos são propriamente jogadores assíduos do género e esses podem encontrar algumas dificuldades. DwarfHeim tem um elemento bastante único, a existência de dois mundos, um superior e outro inferior, podendo os jogadores alternar entre os dois, o que traz todo um role de estratégias diferentes e um modo história seria perfeito para explicar tudo isto.

O jogo possui três classes principais, Guerreiro, Construtor e Mineiro. Os jogadores têm de escolher uma classe no início do jogo e sobretudo desempenhar esse papel. Os guerreiros treinam diferentes unidades ofensivas e sua responsabilidade é ajudar as outras duas classes a sobreviver, proteger a base e matar as criaturas para obter recursos. Os constutores constroem vários edifícios e recolhem recursos para ajudar as outras classes. Os mineiros têm que trabalhar no mundo inferior para recolher recursos.

Visualmente DwarfHeim é impressionante, com uma quantidade de detalhe muito boa quando aproximamos às personagens. Não são gráficos altamente realistas, mas o estilo de arte é muito bom e combina com o jogo. Além disso, o ambiente é agradável e incentiva os jogadores a explorar. Também as animações do combate e recolha de certos personagens são detalhados e em termos de som o jogo tem um nível muito alto, tanto a música ambiente é agradável como as vozes são muito boas.

Mas é o multijogador que é o foco da experiência e nesse aspeto acho que o jogo consegue oferecer exatamente aquilo a que se propôs. Ao contrário de outros jogos do género que colocam o jogador a jogar com AI quando não tem outros jogadores com quem jogar, DwarfHeim optou por criar um Friend-Pass, que basicamente permite a qualquer pessoa jogar DwarfHeim com alguém que tenha comprado o jogo. Pessoalmente acho que uma IA continuaria a ser importante, mas este é um passo importante e arrojado.

DwarfHeim tem ainda muito espaço para crescer, precisa de adicionar algum conteúdo, especialmente um modo história, mas aquilo que já existe no jogo é muito bom e tem uma abordagem única ao género.

Share this post

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ComboCaster