Antevisão: Blacktail

Procurando inspiração no folclore eslavo, Blacktail consegue oferecer uma experiência bastante única, principalmente porque não é ainda uma mitologia muito explorada. Baba Yaga tem aparecido em muitos jogos, sendo aquele que me vem à memória o mais ou menos recente Rise of the Tomb Raider, onde uma versão da lenda aparece no jogo. Mas não é preciso procurar muito para encontrar outros jogos. Talvez por não ser tão conhecido, o folclore eslavo é para mim um dos mais assustadores, recheado de creaturas e bruxas que se bem utilizados podem criar um mundo rico e assustador.

Blacktail é a história de Yaga, uma jovem expulsa da sua aldeia depois de ser acusada de bruxaria. Deixada sozinha num mundo perigoso cheio de criaturas estranhas, Yaga tem de encontrar uma maneira de sobreviver enquanto tenta entender e resolver seu próprio passado. Este é um um jogo de ação e aventura na primeira pessoa com alguns elementos de sobrevivência à mistura. O jogo combina combate baseado em arco com elementos mágicos. As influências de contos e folclore ajudam Blacktail a destacar-se de outros jogos e os criadores parecem saber o que estão a fazer.

Do ponto de vista da jogabilidade, Blacktail é bastante direto. O jogador controla Yaga usando um arco para lutar contra os inimigos e fazendo uso de um punhado de poderes, tudo isto na primeira pessoa. É tudo fácil de perceber e até o sistema de criação simplista para criar coisas como fazer flechas e poções é muito linear. Basicamente o jogo desacelera enquanto utilizamos a criação de itens, um pouco como em Horizon: Zero Dawn. Não sabemos ainda o que irá ser possivel criar na versão final, mas aquilo que é aqui mostrado é bastante promissor. Yaga pode ganhar muitos itens diferentes para criar a partir de materiais encontrados no ambiente ou derrotando inimigos e também irá desbloquear novas habilidades ao longo do tempo.

O jogo também conta com um sistema de moralidade simples e que tem alguma importância ao longo do jogo. Existem alguns eventos aleatórios durante a exploração, coisas simples como simplesmente ajudar um pássara, mas as ações do jogador decidem se Yaga está indo por um caminho bom ou mau. Este sistema pode criar um loop de jogabilidade interessante no jogo completo e tenho alguma curiosidade em ver o que pode sair daqui.

Existem alguns elementos do jogo que não são tão promissores e pelo contrário precisam de melhorias, como os diálogos que não são propriamente bons, principalmente os monólogos de Yaga. Mas estes pequenos problemas não são nem graves nesta fase, nem apagam o bom que já está presente no jogo. A jogabilidade é boa o suficiente e a maioria do que nos é apresentado é bastante promissor.

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