Os jogos de sobrevivência inspirados na fórmula de Among Us têm aparecido aos poucos. Um pouco como aconteceu com o género Battle Royale, quando um jogo de tal forma disruptivo é lançado e tem sucesso, em pouco tempo temos uma série de outros estúdios a olhar para esse jogo como um género. Killer in the Cabin é um desses jogos, muito inspirado em Among Us. Criado pela Games People Play, Killer in the Cabin vem dar uma opção bastante válida para quem gosta do género.
O conceito de Killer in the Cabin é bastante simples. Existe um grupo de pessoas que sobrevive a um acidente, perde-se numa floresta onde não existe ninguém e sem que eles saibam, um deles é um assassino. Os jogadores mais atentos vão dizer, “então mas isso é exatamente igual ao conceito de Dead by Daylight” e vão estar meio certos. O próprio conceito de Among Us é influenciado por Evolve e Dead by Daylight é essencialmente um refinamento da fórmula. Aquilo que Among Us fez e agora Killer in the Cabin “copia” é o facto de não termos duas jogabilidades distintas como nesses jogos. Aqui apesar de termos objetivos diferentes, os dois tipos de jogadores são essencialmente iguais, com jogabilidade muito semelhante e a ação centra-se essencialmente em descobrir quem é o assassino.
Como já referi, os dois tipos de jogadores têm objetivos diferentes. O assassino tem que eliminar todos os outros jogadores, os outros têm que sobreviver durante os 15 minutos que dura a partida. Ao contrário de uma partida de Among Us, o assassino pode vencer mesmo depois de morto, já que se existir apenas um sobrevivente no final, o assassino vence. Só no final do jogo é que podemos descobrir quem é o culpado e a paranoia e desconfiança são o elemento característico do género. Tal como em Among Us, existe a possibilidade de votar contra outro jogador e se mais de metade, ou 51%, votar que um jogador deve ser expulso ele desaparece. No entanto, o jogo não termina. Ao contrário de Among Us aqui temos que esperar até ao final do jogo para descobrir a verdade.
Killer in the Cabin é um jogo mais elaborado que Among Us, para o bem e para o mal. Se por um lado Among Us pode apelar a um público mais abrangente, jogar Killer in the Cabin pode ser mais gratificante. Em Killer in the Cabin, todos os jogadores devem sobreviver durante a noite e para isso precisam de manter a temperatura corporal e outras coisas importantes como a sede e a fome. O mapa do jogo não é muito grande, mas é maior do que os mapas de Among Us. A parte de exploração lembra um pouco DayZ e semelhantes com casas para explorar e itens para encontrar que nos ajudam a manter vivos. Estes itens vão aparecer de forma aleatória. Os alimentos já prontos não são suficientes para sobreviver até o fim e existem vários ingredientes que podemos recolher que nos permitem cozinhar, bem como lenha e fósforos para acender o fogo na cabana principal. Depois existem as camas que podemos usar para recuperar energia, mas tamb]em essas são um perigo já que podemos facilmente ser assassinados durante o sono.
Um aspeto distinto de Killer in the Cabin é o uso da voz. O jogo suporta chat de voz e incentiva os jogadores a falarem entre si. O mapa não pode ser explorado de forma eficaz permanecendo num grupo e precisamos de explorar a solo, por isso manter alguma forma de estratégia é essencial já que isso dá ao assassino a oportunidade de emboscar aqueles que estão em movimento. O assassino pode usar a violência , mas não é a melhor solução no início. É muito mais eficiente encontrar venenos de vários tipos e contaminar a água e os alimentos.
Neste momento Killer in the Cabin encontra-se em acesso antecipado e precisa realmente de alguns ajustes. Só existe um mapa disponível, mas o tamanho deste mapa é necessário. Depois de alguns jogos percebemos como tudo funciona e conseguimos recolher muitos itens sem nos movermos muito. O jogo precisa de algum evento aleatório que possa dar aos sobreviventes tarefas adicionais e os leve a exporem-se mais. Existe também uma área com lobos que parece deslocada de tudo o resto. O combate é limitado e esta área é demasiado difícil, apesar de ser uma das únicas zonas, ou talvez a única, onde podemos encontrar carne.
Killer in the Cabin consegue ser uma proposta interessante para quem gosta de Among Us. Com algumas melhorias pode tornar-se muito bom, mas convém realmente dominar o inglês, já que a comunicação por voz é muito importante.