Análise: Serious Sam: Siberian Mayhem

Sam, o protagonista de toda a série Serious Sam, nunca gozou do mesmo protagonismo de outros seus contemporâneos, como Duke Nukem por exemplo. No entanto Serious Sam, a série de jogos tornou-se mais longa, mais duradoura e no geral melhor do que a maioria dos jogos protagonizados por essas personagens mais populares do que Sam. Com remakes misturados com sequelas, a série tem tido lançamentos regulares, sendo o último Serious Sam 4, lançado em 2020.

Serious Sam: Siberian Mayhem tem uma história curiosa também. O jogo começou por ser apenas um mod, construído pelos membros da Timelock Studio, um estúdio que nem sei se existia de forma verdadeira nessa altura. O certo é que a Croteam, os criadores de Serious Sam, viram a qualidade do que estava a ser criado pela Timelock Studio e decidiram dar o apoio necessário para que Serious Sam: Siberian Mayhem se tornasse um jogo a sério.

Chamar a Serious Sam: Siberian Mayhem um jogo completo é também um pouco exagerado. Devemos olhar para Serious Sam: Siberian Mayhem mais como uma expansão standalone de Serious Sam 4, mas podemos também contar com todo o polimento e detalhe que o apoio da Croteam tornou possível à Timelock Studio. O resultado final é um jogo realmente interessante, com um ambiente bastante próprio e diferente de tudo o que a série ofereceu até hoje, mesmo que não inove em muito do que conhecemos da série.

Para os jogadores que já conhecem a série, Serious Sam: Siberian Mayhem não oferece nada de realmente novo no que toca à jogabilidade. Serious Sam: Siberian Mayhem segue a fórmula estabelecida e não pretende revolucionar nada. Se a série em si não parece interessada em revolucionar a sua jogabilidade, não seria de esperar que um jogo pensado como um mod o fosse fazer. A campanha em si tem uma duração decente e podem ter a certeza que é tão frenética como seria de esperar. Mal iniciem o jogo irão estar sob ataque de tudo e todos.

Como também seria de esperar, Sam tem um arsenal invejável, com vários gadgets e armas que permitem lançar destruição e carnificina por todo o lado. Os jogadores que jogaram os jogos anteriores irão reconhecer o arsenal também. Todo o equipamento favorito dos jogadores está presente e os inimigos mais conhecidos da série também fizeram uma visita à Sibéria para nos complicar a vida, incluindo alguns dos vilões principais da série.

Algo que também nos habituámos a esperar de um jogo da série Serious Sam é que seja linear e este não é diferente. O objetivo é sempre ir de um ponto para o outro, mas a fórmula arena shooter de Serious Sam atingiu um standard em que inovar muito vai acabar por tornar a experiência de tal forma diferente que se irá enquadrar noutro género. Os jogos da série são sempre verdadeiras injecções de adrenalina e os níveis finais de Serious Sam: Siberian Mayhem são caracterizados por explosões, inimigos a toda a volta, em cima e em baixo e uma verdadeira corrida pela sobrevivência.

Visualmente Serious Sam: Siberian Mayhem é tão bom como o jogo anterior. Não existe muito a separar os dois visualmente além dos ambientes e a performance também não varia muito. Pessoalmente colocaria Serious Sam: Siberian Mayhem na metade mais alta dos visuais dos jogos atuais, mas está longe de ser uma maravilha visual e técnica. Também não é um jogo muito longo, mas podem jogar tudo com um amigo em modo cooperativo o que pode tornar uma segunda playthrough mais interessante.

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