Antevisão: Diplomacy is Not an Option

Os jogos de estratégia em tempo real, ou RTS, perderam muita da sua popularidade nos últimos anos, no entanto os simuladores de colónias têm ganho popularidade quase em correspondência directa. Se por um lado parece que os jogadores vivem bem com um par de jogos sobre construir uma base para criar unidades e derrotar o exército inimigo, muitos dos jogadores do género migraram para jogos onde o objectivo é criar uma colónia que cresça e sobreviva.

Diplomacy is Not an Option é um jogo que tenta unir estes dois géneros, colocando o jogador no papel de um lorde na era medieval. Aqui não temos milhares de tropas e mantimentos infinitos de ouro. Tudo já parece preso por arames e estamos em tempo de paz, o que acaba por mudar num dia quando uma rebelião come;a. No que diz respeito aos géneros de jogos, Diplomacy is Not an Option é um difícil de categorizar. É sobretudo um RTS, mas também é um city builder e um simulador de colónia com elementos de tower defense.

Esta ausência de foco ou pelo menos esta liberdade de não estar preso a um género e suas regras, irá fazer com que mesmo os veteranos do género tenham alguma dificuldade a jogar Diplomacy is Not an Option. Existem elementos que irão parecer familiares, mas muitos elementos parecem estranhos ou deslocados. Mas não digo isto como se fosse uma crítica. Apesar de os veteranos poderem sentir algumas dificuldades, são os novatos do género que irão sofrer mais. Este não é de todo o jogo ideal para se introduzirem ao género, mas sim um jogo que irá apresentar um verdadeiro desafio para quem conhece as regras, escritas e não escritas, do género RTS.

A maioria dos jogos RTS exigem que o jogador envie tropas e destrua um objetivo inimigo mas esse não é o caso aqui. Tal como num tower defense ou nos jogos Stronghold, aqui o inimigo vem até nós e temos que fazer o nosso melhor para preparar uma defesa adequada. O jogo encontra-se ainda em acesso antecipado pelo que irão ter apenas um par de missões disponíveis. Para dizer a verdade, existe muito a unir os jogos da série Stronghold e Diplomacy is Not an Option. Aqui também iremos ser abordados pelos inimigos numa espécie de ondas, onde o objetivo é sobreviver, culminando numa onda final que nos coloca centenas de soldados inimigos à frente juntamente a algumas dúzias de máquinas de cerco.

Este não é de todo um jogo fácil e as defesas que pensam ser sólidas inevitavelmente cedem e vão ter que repensar estratégias ou prioridades. Defender a nossa cidade é especialmente desafiador devido ao facto de os soldados mortos poderem espalhar doenças. Se os corpos forem deixados espalhados, eles podem deixar os habitantes da cidade doentes ou gerar zombis. Nunca disse que o jogo era realista, apenas que era medieval/ Mesmo quando vencemos uma batalha, as consequências não terminam com os soldados mortos na batalha. Além disso o jogo dá uma importância à linha de visão que não é muito usual, já que os inimigos podem esconder-se atrás de edifícios e evitar as nossas defesas, não sendo suficiente colocar uma série de torres para termos poder de fogo. Temos que garantir que as torres têm uma boa linha de visão também.

Se até aqui parece que tudo o que o jogo faz é complicar a nossa vida, há uma coisa que nos ajuda. Aqui pelo menos sabemos exatamente de onde vem o ataque inimigo. Isso elimina qualquer preocupação em dividir as nossas tropas por exemplo. À medida que os níveis da campanha progridem, começamos a ser atacados de várias direções, mas por essa altura já devemos ter algum conhecimento do jogo que nos permita tomar boas decisões. A versão atual do jogo é um pouco curta em missões de campanha, mas como as missões em si têm alguma dose de elementos rogue, podem repetir a mesma missão várias vezes e vão encontrar coisas ligeiramente diferentes sempre e existe ainda um modo infinito que aumenta essa dose de elementos aleatórios.

Diplomacy is Not an Option é um jogo sólido em termos de mecânicas. Visualmente é também interessante e conseguiu realmente deixar-me na expectative do resultado final. Não existe muito conteúdo neste momento, mas olhando para tudo o que foi criado até agora, é só mesmo isso que lhe falta, conteúdo.

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