Análise: Gravitar: Recharged

Com a Atari a regressar em força com alguns dos seus maiores clássicos num formato moderno, era apenas uma questão de tempo até vermos alguns dos seus jogos mais obscuros a ter o mesmo tratamento. Gravitar não tem o mesmo nome sonante que muitos dos clássicos da Atari, mas é igualmente bom e relembrado por muitos jogadores. Gravitar é um daqueles jogos de arcade clássicos que os jogadores mais velhos vão reconhecer, mesmo que nunca tenham ouvido falar de Gravitar. É um nome que não é associado à Atari como outros jogos do género, mas que não fica atrás de jogos como Asteroids ou Missile Command.

Apesar de não ter um nome sonante continua a ser um jogo de destaque devido à sua jogabilidade. O jogador controla uma nave espacial e tem de entrar no espaço aéreo dos planetas e realizar missões. É um jogo sólido que traduz fielmente a fórmula do género, mas trazendo-a para a era moderna, mantendo os controlos intuitivos. Podemos disparar e usar um campo para sugar power-ups e itens que encontramos. Há uma seleção de power-ups e alguns deles podem ser bastante úteis. Considerando que as mecânicas são super sensíveis e exigem muita paciência e precisão, alguns destes power-ups tornam possível respirar um pouco.

Os visuais de Gravitar: Recharged são agradáveis e usam uma paleta de cores muito mais definidas e são acompanhados por uma banda sonora descontraída. É através da componente sonora e os divertidos efeitos sonoros que o combate se torna ainda mais divertido. Gravitar foi lançado originalmente no início dos anos 80 e não existem muitas formas de jogar a versão arcade original atém do Atari Flashback Classics. Esta verão inclui o modo arcade, onde voamos e enfrenta planetas para tentar atingir a pontuação mais alta. Além do modo arcade temos também missões individuais que colocam as nossas habilidades à prova. Considerando que há uma grande variedade de tipos de planetas, estas missões conseguem ser bastante variadas.

Infelizmente o jogo não conta com uma campanha propriamente dita. Apesar de gostar do que a Atari tem feito ao trazer estes clássicos de forma quase intacta para a atualidade, acho que em alguns casos poderia haver uma verdadeira evolução, como em Alien Breed por exemplo. Felizmente o jogo conta com modos para vários jogadores. Podemos jogar em modo cooperativo, mas é um jogo que sofre do mesmo problema do Contra clássico, em que os dois jogadores têm que ser muito precisos ou o jogo torna-se bem mais difícil e frustrante do que devia.

Gravitar: Recharged é uma experiência retro muito desafiante que traz para a atualidade mais um clássico da Atari. Desta vez o nome é menos sonante, mas não menos agradável de jogar. Se gostam do género, Gravitar: Recharged consegue oferecer tudo aquilo que promete e mais.

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