Antevisão: Instruments of Destruction

Instruments of Destruction é um jogo ainda em acesso antecipado que tem como foco a destruição. Tal como o nome indica o objetivo é destruir coisas. Nos últimos anos foram lançados alguns jogos com o mesmo conceito como Teardown e Besiege e neste momento este Instruments of Destruction fica algures no meio em termos de qualidade.

Não costumo analisar um jogo em acesso antecipado como um jogo final e apesar de poder ser crítico com o estado de alguns dos jogos, acredito que em muitos casos o resultado final irá resolver muitos dos seus problemas. Neste momento Instruments of Destruction consegue ser interessante e polido, mas tem sobretudo falta de conteúdo.

De um modo geral, Instruments of Destruction assemelha-se a uma versão contemporânea de Besiege, oferecendo uma série de desafios de destruição semelhantes a dioramas onde temos de criar um dispositivo de destruíção adequada a um objetivo específico. Podemos atingir esses objetivos criando um veículo ou selecionando um entre uma variedade de modelos pré-construídos que são desbloqueados à medida que avançamos na campanha. O jogo não é neste momento muito intuitivo e a IU é fraca. Todas as opções estão escritas a negrito e há todo um aspeto agressivo desnecessário no menu.

Os veículos são construídos a partir de uma mistura de cabines, rodas e outros utensílios destrutivos, como serras e bolas de demolição. Existem ainda conectores para ligar todas as peças e vários tipos de juntas, permitindo criar mecanismos como braços de guindaste. A principal diferença com Besiege é que os veículos que criamos são mais robutos. Temos que pensar em coisas como a distribuição de peso para impedir que a máquina tombe, mas não temos que nos preocupar com coisas como reforçar juntas. Pressionando ‘Play’ coloca-nos no controlo direto da máquina. A condução é feita com WASD, enquanto o controlo das outras partes da máquina é atribuído às teclas de seta.

Poder controlar diretamente estas máquinas de destruição é fantástico e a forma como as estruturas desmoronam é realmente impressionante. O jogo corre já de forma bastante estável também, algo que é impressionante dado tudo o que acontece no ecrã. A campanha atualmente oferece dez missões para jogar, o que nos dá entre duas e quatro horas de jogo. Existem também modos de desafio para cada nível e uma ampla variedade de veículos para desbloquear. Como referi acima, a falta de conteúdo é neste momento o principal problema e o jogo requer mais níveis e mais componentes de veículos para o futuro.

Instruments of Destruction pode não ter algumas das coisas que fazem de Besiege tão bom. Não tem uma identidade visual tão marcada por exemplo. No entanto é neste momento já um jogo muito competente e no que toca à destruição, apresenta-a tão bem como o melhor que a concorrência ofereceu até aqui.

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