Análise: Blossom Tales II: The Minotaur Prince 

Blossom Tales II: The Minotaur Prince  é a sequela de uma verdadeira história de sucesso dentro do mundo indie. O primeiro jogo tornou-se um pequeno fenómeno, o que mudou as vidas dos seus criadores e tornou possível a sequela deste pequeno jogo influenciado por The Legend of Zelda. A narrativa do jogo toma novamente os contornos de uma história dentro de uma história. Um homem idoso conta aos seus netos a história deles se fossem personagens da história.

Lily é uma guerreira que vive num mundo de fantasia com o seu irmão. Os dois participam em várias atividades numa feira, mas uma pequena zanga acaba por causar que Lily peça o desejo de que o Rei Minotauro levásse o seu irmão para longe. Infelizmente isso faz com que isso aconteça mesmo. Obviamente que foi um desejo pedido sem pensar e isso dá origem à sua missão de salvar o irmão. Não é uma história muito profunda, mas dá ao jogador algum contexto para as suas ações e neste caso é mais do que suficiente.

É principalmente o tom da história e a forma como é contada que traz qualidade à narrativa. Existem pequenos momentos em que os dois irmãos discutem sobre o que realmente aconteceu e isso é utilizado para dar ao jogador uma escolha sobre um item por exemplo. São estes momentos que fazem com que o jogo se destaque, principalmente porque não são muito frequentes. O resto da jogabilidade é muito inspirada na série The Legend of Zelda, principalmente Link’s Awakening neste caso.

Começamos o jogo com três corações que representam a vida e vamos atravessar o mundo do jogo, recheado de inimigos e outros obstáculos. Pelo caminho vamos recolhendo itens importantes que vão aos poucos enchendo o nosso inventário. Ocasionalmente vamos entrar em masmorras que também ficam a dever muito ao jogo da Nintendo. Cada uma costuma ter um item para recolher e um boss para derrotar, mantendo essa estrutura ao longo do jogo. Isto acaba por ser talvez o principal problema do jogo. Nada aqui é muito original. É realmente bom sim, mas será melhor que simplesmente jogar um jogo da série The Legend of Zelda? Muitos jogos foram buscar inspiração ao mesmo sítio, mas maior parte adicionou outros elementos para se destacar, mas Blossom Tales e está sequela são basicamente uma roupa diferente apenas.

Novamente digo que isto não afeta a qualidade em si do jogo. Tudo aqui é realmente bom, quase tão bom como os jogos em que os criadores se inspiraram. Visualmente o jogo tenta também emular a era 16bit e consegue. Neste momento já não consigo olhar para Pixel Art da mesma forma que há alguns anos. Praticamente não há má Pixel Art neste momento e Blossom Tales II: The Minotaur Prince não foge a essa regra. O jogo tem melhor aspeto que o jogo anterior também, por isso nada a assinalar neste aspeto. Infelizmente os ambientes também denotam alguma falta de criatividade. É tudo demasiado “stock” e já visto. É realmente pena que um jogo bastante bom deixe apenas passar a ideia de que já vi tudo isto antes.

Blossom Tales II: The Minotaur Prince é um bom jogo, com elementos interessantes, mas que é demasiado iterativo dentro do género. As influências de The Legend of Zelda são demasiado vincadas e nota-se a falta de uma identidade própria. Certamente que vai agradar a muitos jogadores, simplesmente não esperem algo único.

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