Análise: Pokémon Scarlet / Violet

Pokémon está de volta à Nintendo Switch, muito pouco tempo depois do último lançamento da série na consola. Depois de Pokémon Legends: Arceus, a série volta a um formato mais contenporaneo, mas agora em mundo aberto. Este jogo marca também o início da nona geração e mostra sobretudo o empenho que a Nintendo tem com a série e não mostra sinais de abrandamento. Os jogadores também não parecem de todo estar cansados da série, já que os números oficiais mostram vendas a ultrapassar os 10 milhões de cópias vendidas só na primeira semana.

Apesar das óbvias diferenças, o loop da jogabilidade mantém-se praticamente inalterado. Pokémon Scarlet / Violet é muito semelhante ao Pokémon Legends: Arceus, com um leque de personagens coloridas que ajudam a que a história ganhe alguma vida já que tal como a maioria dos jogos da série, tende a ser um pouco básica. Infelizmente este é um jogo que começa a mostrar as limitações da Nintendo Switch, ou pelo menos a manter uma tendência que começou em Pokémon Sword / Shield. Os visuais do jogo não são impressantes e a performance deixa também muito a desejar.

Pokémon Scarlet / Violet destaca-se de Pokémon Legends: Arceus ao misturar o mundo aberto que esse jogo introduziu com a progressão normal de um Pokémon onde o jogador tem de conquistar os oito crachás de ginásio. O jogo tem como palco a região de Paldea e é aqui que vamos percorrer os caminhos normais da série, capturando novos Pokémon que podemos usar para combater com outros treinadores ou usando-os para capturar outros Pokémon. Estas ações são recompensadas com pontos de experiência que tornam as nossas criaturas mais fortes, podendo atingir pontos suficientes para novas evoluções. Nas mecânicas principais, este Pokémon não é muito diferentes dos restantes, mas consegue trazer um par de novidades que trazem alguma frescura à fórmula que por si continua tão viciante como sempre.

A história principal do jogo envolve o mesmo de sempre, derrotar todos os líderes dos ginásios e no final os quatro treinadores de elite. Mas o jogo contém outras duas história secundárias e que são inspiradas em elementos que já vimos em Pokémon Legends: Arceus. Uma destas histórias é a Path of Legends que nos pede para combater contra titãs. Estes são versões mais fortes e maiores dos Pokémon normais e funcionam como verdadeiros combates contra bosses. A recompensa de derrotar cada um vale realmente a pena já que desbloqueia habilidades importantes para navegar no mundo do jogo.

A outra história secundária é a Starfall Street e está colocar-nos a invadir as bases da Team Star através de Paldea. Infelizmente estas aventuras e os combates no final de cada uma não nos dão qualquer tipo de esperiencia e portanto acaba por ser uma subquest um pouco irrelevante no que toca à progressão. Para dizer a verdade nem sequer há grande razão para esta separação em três histórias. Os jogos anteriores sempre encontraram alguma forma de juntar todas estas histórias de forma mais ou menos coerente, com o jogo a pausar a luta pelos crachás ocasionalmente para se focar num outro perigo mais urgente. Aqui temos a possibilidade de perseguir os três objetivos ao mesmo tempo já que todos estão visíveis no mapa e tem a vantagem de poder ser o jogador a prioritizar aquilo que quiser.

Cada uma das histórias tem personagens diferentes também. A história principal tem o tradicional rival por exemplo, neste caso a energética Nemona, mas Arven é talvez a personagem melhor construída, sendo o centro da história de Path of Legends. Em Starfall Street quem se destaca é a Team Star, que consegue ter mais detalhe do que os vilões anteriores, criando uma história emotiva e uma das poucas razões para completar esta história. A principal razão para completar as três é o conteúdo a que temos acesso no final do jogo. Existem novos Pokémon, podemos combater contra os líderes dos ginásios novamente e existem vários modos online que podem entreter os jogadores mais dedicados durante muito tempo.

Infelizmente para os fãs da série, Pokémon Scarlet / Violet não corre propriamente bem na Nintendo Switch. Isto é principalmente grave já que é a única plataforma em que o podemos jogar. Os tempos de carregamento são grandes, a framerate é inconstante e simplesmente andar pelo mundo do jogo faz com que possamos ver as criaturas do jogo simplesmente aparecerem ao nosso lado em vez de as vermos à distância. Muito daquilo que o jogo teria a ganhar em ser um mundo aberto acaba por ficar aquém daquilo que poderia ser. Isto para não falar de alguns bugs que são bem mais comuns aqui do que em qualquer outro jogo da série que eu me lembre.

Se ao menos Pokémon Scarlet / Violet fosse o jogo mais impressionante que vi na Nintendo Switch isto poderia pelo menos ter uma explicação, mas nem isso. O jogo não é de todo feio, mas já vi esta consola a conseguir tanto mais que é um pouco incompreensível que o jogo não seja minimamente impressionante. Os lançamentos da série foram realmente muito seguidos, talvez não tenha havido tempo para melhor, mas é algo que é urgente repensar. Os bugs são preocupantes, mas os ambientes feios e datados são incompreensiveis. Os Pokémon em si estão ao nível do melhor que vimos na consola, mas os ambientes parecem de algumas gerações atrás. Todos sabemos que a Switch não é a consola mais capaz no mercado atualmente, mas se compararmos este jogo com Xenoblade Chronicles 3 por exeplo, a diferença é do dia para a noite.

Estes últimos parágrafos podem parecer até demasiado críticos com Pokémon Scarlet / Violet, mas a verdade é que se ignorarmos os gráficos e os pequenos bugs, este é talvez o jogo da série que mais prazer me deu jogar nos últimos tempos. A progressão é a adição de um mundo aberto trouxeram nova vida a uma fórmula que continua tão vencedora agora como sempre foi. A performance e grafismo são difíceis de compreender e enquanto que a performance pode ser resolvida com algum patch, duvido que a Nintendo faça algo em relação aos visuais do jogo, mas que a crítica pelo menos faça com que os possíveis próximos lançamentos tenham melhor aspeto.

When utilizing the game’s online features, it’s actually pretty smooth sailing — if you can get in. I tried out fo

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