Silt é uma aventura subaquática e que é uma espécie de jogo de terror, já que ocasionalmente estranhas criaturas saiem das profundezas para nos causa uma morte subita. É um jogo interessante visualmente, optando por visuais a preto e branco que ajudam a aumentar a sensação de terror iminente. É um jogo realmente bonito no seu estilo. Os criadores dizem ser grandes fãs de David Lynch e apesar das óbvias diferenças, dizem ter sido influências por fimes como Eraserhead.
Cada nível de Silt tenta causar um efeito de terror e imagem confusa. Os fundos são lindos e cheios de mistério, misturando aquilo que é certamente real, com aquilo que a nossa imaginação pode criar através de ler as obras de Lovecraft por exemplo. Todo o jogo é mistério, desde o início onde estamos acorrentados ao fundo do mar, até às criaturas e à máquina colossal que parece ser o nosso objetivo.
Este é um daqueles jogos onde a ambiguidade da história e do mundo do jogo joga a seu favor. O jogo dá-nos as ferramentas, mas é o jogador que liga as peças e cria a história na sua cabeça. Por vezes esta abordagem não me agrada, mas aqui simplesmente funciona. Não existe combate propriamente dito. A nossa única arma para lidar com as adversidades do fundo do mar é a habilidade de possuir outras criaturas. Cada uma das criaturas que podemos possuir tem uma habilidade e é com elas que podemos ultrapassar os desafios e puzzles que o jogo coloca no nossa caminho. Este é um jogo de puzzles e a solução requer quase sempre esta mecânica do jogo.
Silt não é um jogo muito difícil, os puzzles são geralmente muito óbvios e requerem possuir a primeira criatura que nos aparece. À medida que avançamos as coisas vão-se complicando, mas não muito para ser sincero e são os momentos em que temos de evitar os terrores do submundo aquático que são o maior desafio.
Silt é um jogo memorável, tanto pelo visuais como pela banda sonora. Os dois juntos dão-lhe uma atmosfera muito própria e que é distinta o suficiente para conseguirmos logo à primeira vista distingui-lo de jogo como Limbo por exemplo. É um jogo curto que não irá ocupar muito tempo, talvez uma tarde ou um ou dois dias com sessões mais curtas. Mas é um jogo capaz de ficar na memória bem depois de terminado.